“If it doesn’t open, it’s not your door.”
Mas vai abrindo. Dentro da disponibilidade que tem, a porta vai abrindo. Por vezes parece que fecha. Deixa-me desalentada com o fecho aparente. Mas de novo se mostra aberta e mais uma vez me diz que o meu instinto continua certo.
Há portas onde vale a pena continuar a bater. Os dias não esticam e não dão para tudo e a porta parece fechada quando assim é. Por isso continuo a bater à porta que, na verdade, está sempre entreaberta.
Esta é a minha porta. Sei-o porque o sinto. E por isso não desisto de estar do lado de cá. E vou batendo à porta sempre. E ela lá está, entreaberta que se abre totalmente quando eu bato.
Se calhar é mesmo a minha porta. É. É mesmo a minha porta.
E, mais uma vez, repito: não vou desistir. Mesmo que já tenha dito que desistia quando a porta me pareceu completamente fechada mas afinal estava apenas ausente.
Não desisto. Até perceber exactamente se o que está do outro lado é ou não para mim. Deixo o limbo e continuo a bater à porta.