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Levar tudo um dia de cada vez. Sem pressas nem expectativas.

Não é fácil manter o ânimo quando os dias são sempre iguais há já tanto tempo. Agora nem os fins de semana são muito diferentes dos dias de trabalho porque são passados no mesmo sítio. Por isso mesmo é preciso sair, dar uma volta maior ao fim de semana. Ir ver o mar mesmo sem pôr os pés na areia. Sair um bocadinho para tentar fazer diferente.

Não está a ser fácil. Sinto falta de ver gente, mas gente que selecciono à partida. Porque sempre que saio de casa vejo gente, mas não é a gente anónima que quero ver. Quem quero ver são as minhas pessoas, as que me são alguma coisa mais do que apenas vizinhos. E é essa ausência que me está a custar e a começar a pesar.

Mas levo um dia de cada vez. Um dia atrás do outro atrás do um. Como tem que ser. Sem pressa nem expectativas. Não adianta esperar nada porque não vai acontecer. É um discurso um bocadinho negativo? É. Mas é real. Gostava que não fosse assim, mas os tempos são estranhos neste momento. E até deixarem de o ser ainda vai demorar. Por isso tenho que me habituar a todas estas ausências.

Um dia de cada vez.

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