{#259.108.2020}

Olho para trás e agradeço aquela 6a feira à noite em que ganhei coragem e me expus. Deitei cá para fora o que guardava cá dentro e revelei um pouco de mim. Disse o que tinha a dizer a quem tinha de o fazer.

Depois disso, nada mudou. Tal como pedi na altura. Não havia razões para mudar, embora experiências anteriores me tivessem mostrado o contrário. Mas desta vez nada mudou.

Guardo comigo o que foi falado depois. Que, apesar de tudo, me soube bem porque foi sincero e, acima de tudo, honesto.

Hoje, olho para trás e tento imaginar como teriam sido estes longos meses se não tivesse ganho coragem naquela noite. Teriam sido de uma angústia atroz.

Olho para trás e agradeço. Não foi fácil, nunca é fácil a exposição do que trazemos cá dentro. Mas foi no momento certo. E foi como tinha que ser.

O gut feeling que me assaltou na altura adormeceu. Não é tempo de pensar nesse gut feeling agora. É, sim, tempo de agradecer pelo que veio: o nada ter mudado. Para o bem e para o mal, nada mudou. E sou grata por isso.

Agora, é dar tempo ao Tempo para fazer o que o Tempo sabe fazer melhor. E seguir em frente. De cabeça erguida. Sempre. Porque felizmente nada mudou. Nem tinha que mudar.

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