Fazer diferente. Sair de casa de manhã, como há muito tempo não acontecia. Ir aqui e ali, voltar depois de almoço.
Tarde de ronha, preguiça e mantas.
No fundo, um dia não muito diferente dos outros. Domingo, claro. E só por isso diferente, ainda que todos os dias sejam sempre iguais.
Amanhã, regresso à rotina de trabalho sem sair de casa. Talvez saia ao final do dia para um café, como tem sido habitual. Logo se vê.
De resto, deixo-me ficar. Quieta no meu canto novamente, como vai acontecendo de tempos a tempos. Não posso estar sempre em busca de pequenos nadas, embora estes pequenos nadas me aconcheguem. Não posso porque não é justo para mim. E por isso, de vez em quando, deixo-me ficar quieta. E sossegada. No meu canto.
Mais uma vez, a vontade é de fazer acontecer. Mas não faço nada. Porque não há nada que possa fazer. It is what it is. E está tudo bem. Por isso, não mexo para não estragar.
Amanhã voltará a ser melhor. Por hoje, fecho o dia cansada. Foi longo. Mas não foi completamente mau. Foi apenas diferente.