Dia de sair do bairro, ir a Lisboa.
E a hipocondria em alta…
Não vai ser nada. Mas e se for? A ansiedade sobe de nível quando começam as dúvidas e as incertezas. E vem o medo. Claro, o medo.
É uma bola de neve, tudo isto. E, claro, quando começa assim só termina comigo a sentir-me mal.
Eu, hipocondríaca, me confesso: tenho medo.
Mas não é por isso que deixo de olhar para cima. Posso condicionar algumas coisas, mas não volto a olhar para o chão. Já o prometi a mim mesma muitas vezes, outras tantas já tive que me recordar: não tirar os olhos do chão não é opção. Por muito que o medo me condicione, não posso deixar de olhar para cima.
E amanhã vou voltar a olhar para cima, como olhei hoje. Com medo ou sem ele, vou sempre olhar para cima. E encontrar a luz que me vai guiar nesta fase que me assusta em tantos aspectos diferentes. E é essa luz que me vai nivelar a ansiedade e acalmar a hipocondria.
Amanhã será melhor. E o céu vai, de novo, estar azul. E é para ele que vou olhar.