Monthly Archives: April 2021

{#100.266.2021}

Dia 100 do ano 2021. Parece que foi ontem que começou.

Sábado. Mais um dia profundamente aborrecido. Sem qualquer História ou algumas estórias para contar. Resumindo, mais um dia igual aos outros, especialmente igual aos das últimas semanas.

Estou cansada disto. Preciso de novas rotinas rapidamente. Para poder chegar ao fim de semana e perceber que, mesmo sem História ou estórias, o fim de semana é diferente dos outros dias.

Vamos ver se a proposta avança. Seria interessante até arranjar um novo emprego. Pelo menos iria ocupar-me os dias e, especialmente, a cabeça. E é a cabeça que me está a preocupar. Não posso ficar muito tempo sem trabalhar, por todos os motivos, obviamente, mas também por causa da minha cabeça que não é fácil de manter sã, muito pelo contrário.

A ver vamos.

Amanhã é domingo. Pode ser que seja um bocadinho diferente. Duvido que seja, mas mantenho a esperança. Estou cansada de dias aborrecidos.

{#99.267.2021}

Um dia bom. Uma protecção extra e essencial que chega. Só por isso foi um dia bom.

Amanhã também será.

{#98.268.2021}

Gosto de propostas que me levam a sair da zona de conforto. E hoje chegou uma para me ajudar, pelo menos, a manter-me ocupada até encontrar um emprego.

E veio como um pequeno nada, mais um, que mais uma vez me aconchega.

Vamos ver. Vai ser bom. Vai correr bem. E vai valer a pena. Por tudo.

Para já, vou mantendo a nova rotina de quem não tem muito o que fazer. Idas até à praia para obrigar o corpo a mexer são essenciais neste momento. Também servem para limpar a cabeça.

Vai ser giro. Ou, no mínimo, interessante. E vai correr bem.

{#97.269.2021}

Tenho saudades tuas…

De te ver. De te ouvir.

Tenho saudades, pronto… Mas tu não o vais saber.

{#96.270.2021}

É bom saber que não estou sozinha, que não estou sem vigilância. É importante esse acompanhamento que me permite falar de tudo e dizer “tenho medo”. E receber do outro lado o espaço que preciso para interiorizar e racionalizar esse medo. Receber dicas de como o enfrentar e o que fazer para lutar contra o medo.

É importante ter alguém que nos ajude nas questões da saúde mental. E eu tenho o terapeuta fofinho há quase 5 anos e não dispenso nem por nada. Todas as semanas, sem excepção, tenho o meu tempo e o meu espaço para falar de tudo o que quiser, de tudo o que me incomoda e até do que me aconchega. Ou não falar de nada se não me apetecer.

Estar sem vigilância neste momento seria um risco enorme. Porque me é muito fácil, ainda, descarrilar e resvalar para a depressão que não sei se alguma vez tem cura. E tenho medo que não tenha cura, de facto. Porque desde sempre tive que lidar com ela e volta e meia lá estava ela de novo.

É bom saber que tenho vigilância. Sei que, se for preciso, basta uma palavra para ter ajuda. Seja a que dia for, a que horas for, a que momento for. E essa vigilância traz-me segurança. E eu preciso de segurança. Já basta a minha própria insegurança para me fazer tremer de tempos a tempos.

Não procuro nada sem vigilância. Todos os passos que dou são vigiados porque partilhados. E analisados porque assim quero que seja. Porque, lá está, me traz segurança.

E é tudo o que preciso neste momento: a segurança que não tenho e a vigilância da minha saúde mental. Por mim. Para o meu bem. Para conseguir estar bem e poder enfrentar o inferno que a minha cabeça consegue ser.

{#95.271.2021}

Dia de sair do bairro, ir a Lisboa.

E a hipocondria em alta…

Não vai ser nada. Mas e se for? A ansiedade sobe de nível quando começam as dúvidas e as incertezas. E vem o medo. Claro, o medo.

É uma bola de neve, tudo isto. E, claro, quando começa assim só termina comigo a sentir-me mal.

Eu, hipocondríaca, me confesso: tenho medo.

Mas não é por isso que deixo de olhar para cima. Posso condicionar algumas coisas, mas não volto a olhar para o chão. Já o prometi a mim mesma muitas vezes, outras tantas já tive que me recordar: não tirar os olhos do chão não é opção. Por muito que o medo me condicione, não posso deixar de olhar para cima.

E amanhã vou voltar a olhar para cima, como olhei hoje. Com medo ou sem ele, vou sempre olhar para cima. E encontrar a luz que me vai guiar nesta fase que me assusta em tantos aspectos diferentes. E é essa luz que me vai nivelar a ansiedade e acalmar a hipocondria.

Amanhã será melhor. E o céu vai, de novo, estar azul. E é para ele que vou olhar.

{#94.272.2021}

Domingo. Aquele dia que, já de si, não tem muito a dizer.

Hoje sem suspiros de adolescente. Apenas mais um dia igual aos outros. Manta, sofá e televisão.

Já são demasiados dias iguais. Amanhã será certamente diferente, até porque é dia de sair do bairro e ir até Lisboa. E só por isso será melhor.

Ainda estou em registo de férias. Forçadas, mas férias. Ainda tenho que esperar mais uns dias até fazer, oficialmente, parte das estatísticas. Mas nem por isso vou ficar de braços cruzados, embora o que vejo por aí quando procuro trabalho seja sempre fora da minha área.

Enfim. Um dia de cada vez. Amanhã vai ser melhor. Vai ser bom. Vai ser diferente.

Novamente, para não me esquecer: um dia de cada vez.

{#93.273.2021}

Sair da zona de conforto e aceder a participar, ainda que à distância e de forma anónima, em algo que não é a minha praia pode trazer coisas boas. Nem que seja mais um pequeno nada que nem foi intencional. Mas ouvir uma voz conhecida foi o suficiente para me fazer sentir bem.

E é tão bom ouvir… Quando não se pode ver, ouvir é importante. Sei que essa voz não me era directamente dirigida, mas senti quase como se fosse. E soube muito bem.

Se calhar devia deixar-me destas coisas. Pareço uma adolescente. Mas também já o tenho sido noutras ocasiões, porque não sê-lo mais uma vez?

No fundo, nem sei ser de outra forma. Porque me deixo levar pelo que sinto, sempre, seja bom ou mau. Mas desta vez é bom. Por isso, porque não ser um bocadinho adolescente? Não faz mal a ninguém, nem mesmo a mim.

Ouvir… Foi o que me bastou para saber que sim, é isso mesmo que eu quero. E quero ouvir tantas vezes a mesma voz. Mas dirigida a mim, directamente.

Sair da zona de conforto… Ir até zonas que se conhece muito pouco. Mas ir porque até faz sentido ir. E terminar em paz. Mas com uma vontade ainda maior de voltar a ouvir aquela voz.

Tão adolescente… Mas assumo que o sou. E é bonito ser assim. É genuíno. E só isso já é tão bom.

Enfim. Há que voltar a ser adulta. Guardando sempre o que sinto comigo, mesmo já o tendo partilhado com quem tinha que partilhar.

Voltarei, sempre, a sair da zona de conforto se me fizer sentido como fez ontem. E se for possível voltar a fazer parte de algo maior do que eu, então lá estarei de novo. Adulta ou adolescente, não importa. Porque serei sempre eu. Tal como sou.

E aquela voz… Sempre aquela voz. Aquela voz e eu…

Enfim…

{#92.274.2021}

Novamente, um dia aborrecido. Igual aos outros. Sem História e sem estórias.

Novamente, sair de casa porque ficar sempre fechada em casa não me faz bem nenhum, ainda que a vontade de sair seja cada vez menor.

Sem rumo, sem norte. Sem saber muito bem o que fazer para lutar contra isto.

Mas não estou sem vigilância. Não me sinto 100% segura, mesmo com vigilância. Porque é muito fácil voltar a cair, especialmente agora, sem rumo.

Vai melhorar. Meteu-se agora o fim de semana de 3 dias, mas vai melhorar. Não vai ter grande História ou sequer estórias, vai ser só mais um conjunto de dias aborrecidos. Mas vai ser bom. Vai correr tudo bem. Não pode ser de outra forma.

Amanhã será melhor…

{#91.275.2021}

Dia aborrecido. Como são todos os dias ultimamente.

Vai ser um longo caminho à espera de uma mudança para melhor…