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Bebo das cores do céu de manhã cedo quando o dia acorda. Bebo das cores do céu ao fim do dia quando este se despede. Registo aqui e ali a luz que me vai acompanhando. E respiro fundo. Porque são as cores do dia que me fazem querer sempre um pouco mais. De cor. De luz. De tudo um pouco.

Custa estar tão habituada a outra pessoa e incluí-la em pequenos rituais do dia-a-dia e de repente não tê-la lá. É temporário, eu sei! E ainda bem que é só temporário. Mas custa na mesma. Somos seres de hábitos. E há um “Bom dia” e um “Boa noite” que me estão a faltar… Não o digo, mas também não o nego. Fico sossegada no meu canto até que regresse a normalidade dos rituais. Ou então não, não espero mais e digo “Presente”. Sim, é isso que vai acontecer. Porque não fazê-lo não me iria fazer bem.

Dizem-me que me acham já menos expectante. Mas estarei mesmo? Nem eu sei…só sei que o que trago comigo, em mim, é puro. E bom. Tão bom. Bom demais para não ser partilhado.

É. É das cores do céu que eu bebo. E das várias luzes do dia. Mas é o que trago comigo e em mim que quero partilhar.

Quem sabe um dia?

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