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Sábado, dia dedicado a não fazer nada. Também mereço e também preciso.

De lá longe, terminou o Caminho que não é meu. Terá corrido bem. Chegou-se ao destino na data prevista.

Aqui não há Caminho. Mas nem por isso deixo de agradecer.

Não tinha vontade de sair de casa hoje. Não tinha vontade de me mexer muito. Mas o dia de céu azul à minha janela fez-me sair. Por pouco tempo, só mesmo para um café já ao fim da tarde. Mexi-me pouco, mas saí de casa e, mais uma vez, olhei para cima.

Não era aqui que me apetecia estar. Era lá longe. Para recepção de quem foi num Caminho. Ou mesmo aqui perto, amanhã, para essa mesma recepção e para recuperação de quem foi e está a voltar.

Nada disso vai acontecer, claro. Nem hoje nem amanhã. Nem a recuperação como eu gostaria. Mas fica a vontade. Ou o sonho, quem sabe. Porque continuo a sonhar acordada com algo que não vai acontecer nunca. Não sei até que ponto isso me faz bem ou mal, só sei que me sinto bem assim, apesar de tudo.

Seja o que for que venha daí, continuarei a olhar para cima. Porque não vale a pena ser de outra forma e porque nestes quatro anos ganhei mais do que perdi.

Amanhã será outro dia dedicado a não fazer nada. E com vontade de fazer acontecer, de fazer tanto, de fazer tudo.

Por hoje o dia termina com isto: sei que dou, todos os dias, o melhor de mim. E hoje, apesar de tudo, não foi excepção.

Olhar para cima? Sempre. E amanhã novamente.

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