Na esplanada, já sei, é mesa definitivamente para um.
E, de repente, estou de volta ao Verão de 2014. Por motivos diferentes, é certo, mas com uma dor de perda muito semelhante. E não, não é bom sinal.
Vou ter um longo caminho a percorrer. Mas, desta vez, sei que não estou sozinha. Tenho o apoio profissional necessário. Tenho amizades que me estendem a mão e me ouvem. E que não me vão deixar cair.
O porto de abrigo já não existe. E, no seu lugar, tenho agora silêncio. Não sei até quando. Mas sei que não serei eu a quebrar esse silêncio. Não agora. Não ainda.
Amanhã será outro dia difícil. Mas volto a um dia de cada vez. E talvez um dia volte a olhar para trás e diga que estou bem. Mas hoje, decididamente, ainda não é o dia.
