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Sei quando estou a ser ignorada. Não entendo o motivo quando, quem me ignora, é a mesma pessoa que me disse esperar que nada mudasse. Corre o risco de mudar se o problema não for enfrentado e resolvido, se simplesmente continuar a ser ignorado.

E, neste momento, é isso o que me custa mais: ser ignorada e ver o problema, tal como uma bola de neve, a crescer a olhos vistos. E não depende de mim fazer essa bola de neve parar.

Já sei que, mais cedo ou mais tarde, me irão apontar a mim o tamanho do problema, been there, done that. Mas não fui eu quem criou o problema. E sozinha não o resolvo. E quero, muito, resolvê-lo de forma a não se perder tudo. Porque, disse-me, há amizades que valem a pena porque é bom.

Não está a ser.

Quando há vontade, não custa olhar para a agenda. Quando há vontade, não custa enfrentar o problema que se criou e resolvê-lo. Adiar a resolução só o vai aumentar e pode levar a um ponto sem retorno. E não é isso que eu quero. Não é isso que eu mereço.

Já o disse tantas vezes: o que trago comigo, em mim, é bonito. Mas está a começar a ficar feio. E eu não quero isso. Quero manter a amizade. Quero que continue um sentimento bonito. Mas, neste momento, para além de magoada pelo murro no estômago, estou zangada. Porque estou a ser ignorada sem motivo e a ver o problema a aumentar e a ser eu a suportar o estrago.

Perdi o meu porto de abrigo. E estou a ganhar algo que é exactamente o oposto e não sei como lhe chamar. E não estou a gostar nem um bocadinho.

Não me sinto bem. Já passei por isto antes e não me lembrava como podia mexer fisicamente. Ou, se calhar, por serem situações tão diferentes, nunca senti o que estou a sentir ao ponto de o sentir de forma tão física. Dói. Muito. No corpo todo. E faz com que não me sinta bem. Fisicamente também.

Se eu queria estar aqui outra vez? Não, não queria. Mas é aqui que estou novamente. E, mais uma vez, só preciso de uma conversa. Não peço muito. Especialmente depois de nunca ter pedido nada. Mas estou a ser ignorada… Até quando? Não sei. Mas sei que vou insistir pelo menos mais uma vez. Depois disso, fica no ar a mensagem. Que faça com ela o que quiser. Mas, se há amizades que são para manter, neste momento não parece…

Sim, estou triste. Mas também estou magoada e, acima de tudo, zangada. E não gosto.

Nem quero…

Mas de uma coisa eu sei: quem quer chegar a todo o lado, não chega a lado nenhum. E acaba por (se) perder. E é pena.

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