Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Hoje não teve tempo de ser aborrecido. Começar logo de manhã com três horas e meia de formação. Trabalho que acontece ao fim de semana. Seja. Estou sempre disponível para aprender e permitir-me ser melhor no que faço. Custou acordar com hora marcada quando o que precisava era não ter horário? Custou. Mas a manhã passou a correr.
À tarde, e apesar da chuva, sair. E terminar a tarde numa esplanada em conversa de raparigas.
Não houve tempo para ser um dia aborrecido como os Sábados sabem ser. E, só por isso, foi um dia bom.
A descoberta continua. Devagar. E muito focada num único ponto. Mas, enquanto fizer sentido, será para continuar. É um enorme “logo se vê”? É. Mas não me apetece que seja de outra forma. Para já está a ser bom. Quando deixar de o ser, logo se vê.
Claro que continuo a pensar no que não devo. Ainda não consigo não me lembrar, não pensar, não sentir. Continuo zangada, mas agora por outro motivo. Estou zangada porque a mensagem que queria passar não chego lá. E é pena. Mas, quando a mensagem é passada apenas por escrito, há muita coisa que se perde pelo caminho. Um dia talvez venha a acontecer o tal jantar que foi falado há um mês e meio. E, se acontecer, talvez a mensagem seja entregue. Mas cada vez mais acho que esse jantar está numa to do list muito pouco verdadeira… Eu sei que a lista de prioridades é extensa e sei que o meu lugar nessa lista é muito lá para baixo. Mas não gosto que me atirem areia para os olhos com falsas promessas. Não sou assim. Não sei ser assim. E por isso custa quando me fazem isso…
Sábado à noite e a vontade de concretizar novamente um pouco mais da descoberta. Ao mesmo tempo, muito cansada. E com a cabeça a fugir para onde não devia. O melhor a fazer é desligar e enroscar para aquecer. E descansar. Amanhã? Dia de consulta com o terapeuta fofinho. E depois voltar para a ronha e tirar o dia para mim.
Depois? Logo se vê.
