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Sexta feira. E uma noite dormida por inteiro. Acordar cedo. Tomar o pequeno almoço. Ir beber o primeiro café na esplanada do costume. Voltar para casa. Como sempre, tudo a grande custo. Depois disso? Alternar entre o cadeirão na varanda e o sofá a fazer de conta que vejo televisão.

Muito apanhada do nariz, não páro de espirrar. A febre, mesmo baixinha, a fazer-se presente. Em compensação, a dor de cabeça que resolveu não chatear muito.

Resto do dia passado em casa. Não fazer nada, mesmo que sem dormir durante o dia, também é descansar. E é disso que preciso. Disso e de resolver na minha cabeça o que me trouxe até este ponto. E tentar não pensar. Nem pensar demais, nem pensar, ponto.

Sei que preciso de ajuda. E sei que a vou ter. Porque processar isto sem ajuda não é possível. Felizmente, não estou sozinha. Não só tenho acompanhamento especializado a nível clínico como também tenho relatos de quem já passou pelo Burnout. E que me garante que sim!, é possível sair deste estado absurdo de exaustão física e mental.

Mais um dia que passa. E os 5.726 km de distância continuam tão perto. As 5 horas de diferença no fuso horário fazem um bocadinho de confusão. Mas, para já, ajustam-se os dias. Onde é que isto nos vai levar? Não sei. Mas também não tenho pressa. Como no processo de Burnout, aqui também se aplica aquela velha máxima de ser um dia de cada vez.

Não, não tenho pressa. De nada. E o que tiver que ser será. Para já a minha prioridade sou eu. Recuperar desta gripe/constipação/infecção-respiratória/riscar-o-que-não-interessa, recuperar do Burnout. E depois, quando estiver bem, regressar à rotina. De preferência com novas armas e novas capacidades para lidar com o que me derrubou.

Hoje, sexta feira, está a chegar ao fim. O fim de semana promete a continuação do que tivemos toda a semana: nortada. Vento forte. Daquele que incomoda e arrefece. Por isso o mais certo é continuar sem sair de casa. Apetece-me (muito) ir até à praia, mas não com este vento. E já sei que, para ir até lá, tem que ser devagar, com tempo, sem pressa. Um dia destes vou até lá, sem falta.

Agora? Sendo 21h40 cá, são 16h40 lá. Ainda se trabalha. Mas por aqui fecha-se o dia. Amanhã? Logo se vê. Mas, dentro do que me é possível, será um bom dia. Porque eu quero que assim seja. E a primeira prioridade sou eu. O resto logo se vê. O resto é só isso mesmo: o resto.

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