Segunda feira. Que, em condições normais, seria o difícil início de uma nova semana de trabalho. Para quem está de baixa desde Setembro, é só mais um dia igual aos outros. Com excepção de ser o aniversário da minha melhor amiga: a minha Mãe.
Houve, também, fisioterapia. E sei que estou muito bem acompanhada por dois miúdos, ainda estagiários se não me engano. Mas muito engraçados e em quem já aprendi a confiar, ainda que hoje tenha sido apenas a terceira sessão e só hoje começámos a trabalhar no final da sessão. Até aqui foi avaliação do meu estado com pequenos testes.
Eles, mais do que eu, acreditam que no final das 22 sessões conseguirei muito mais do que consigo neste momento. Como, por exemplo, uma coisa tão simples como caminhar a direito e a olhar para a frente e não para o chão, como faço agora.
Antes disso, uma presença inesperada à distância de um clique, preocupado com o meu estado actual e pronto a ajudar-me a organizar o meu jantar de aniversário que acontece daqui a um mês. Fiquei, obviamente, surpresa. Pela positiva, pelo menos. E claro que vou aceitar essa ajuda, porque organizar estas coisas não é comigo, não saberia sequer por onde começar. E ele sabe e já me disse como começar.
Entretanto, uma pessoa que acordou do nada às 7h da manhã, viu passar o tempo de manhã e passou duas horas no hospital, quando chega a casa vai, obviamente, comer qualquer coisa e, sentindo o cansaço, enrosca no sofá, com a almofada térmica quentinha, mantas e cobertas e só tem tempo para guardar os óculos antes de, finalmente, adormecer.
São assim os meus dias agora. A tarde, já sei, é para dormir. E nunca menos de 3 horas…
Não fiz nada do que queria para o aniversário da minha Mãe. Mas, como estou, não consigo fazer muita coisa…
Amanhã já sei que posso dormir até mais tarde. Mas é possível que acorde demasiado cedo outra vez. Vamos ver. E depois logo se vê como será o resto do dia. Mas não me posso esquecer que este cansaço, este sono e as devidas sestas fazem parte do que se passa comigo.
E não, não vou desistir de nada, muito menos de mim. Se é para ir, vou. Se é para fazer, faço. Mas sempre devagar, devagarinho. Seja como for, não tenho pressa de nada. E, se tiver que esperar, espero e pronto. Tudo acontece no exacto momento em que tem que acontecer.
