Uma pessoa adormece tarde porque o Martinho andava furioso à solta e não se podia com o barulho e acaba por acordar, sabe-se lá porquê, às 6h30 da manhã e já não volta a dormir. São 15h e a vontade é ir dormir. Só que não pode ser…
De manhã esteve um Sol fabuloso. Claro que agora que vou sair para ir ao Centro de Saúde tinha que começar a chover. A potes!
Resultado da noite? Palmeiras decapitadas, árvores gigantes arrancadas pela raiz, cartazes de agentes imobiliários que desapareceram para outra freguesia e até muros no chão. Foi uma noite animada.
Agora vou só ali nadar até Almada. E depois logo se vê…
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E depois há aquele infeliz momento em que, encaminhada ontem pela Saúde24, venho ao Centro de Saúde para ser observada por causa dos efeitos indesejados da vacina só para descobrir que o Centro de Saúde não está a funcionar porque uma parte da cobertura voou ontem à noite com a tempestade… A Protecção Civil anda de um lado para o outro para avaliar os danos e a possibilidade de reabrirem amanhã. E eu tinha consulta marcada para hoje para renovar o raio da baixa, mas claro que não há nem médicos nem administrativos ao serviço.
Portanto, vim passear a Almada para apanhar uma molha que dispensava, um frio que se entranha nos ossos e não se aguenta as dores, só para estar agora a caminho de casa…e se já estava com humor de cão antes de sair de casa, não imaginam agora!
Martinho, não podias ter ido soprar forte e feio para outro lado qualquer? Tipo alto Mar ou assim para não chateares ninguém…?
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E, à noite, novamente a somatização que não sei explicar mas que é sentida de forma intensa e que, para além de incomodar demasiado, faz disparar os meus níveis de ansiedade. E desta vez ao ponto de ter que me deixar ficar quieta e sossegada no cadeirão à espera de conseguir controlar aquilo que há muito tempo não deixo que se descontrole: o medo.
Agora, que é aquela hora em que a noite já roça a madrugada, ainda o meu corpo não cedeu à cama. Mas o medo está controlado, a ansiedade também, por isso é hora de dar o dia por terminado e aninhar e enroscar para descansar o corpo e acalmar a mente. Amanhã? Logo se vê…
