…e agora encostava, aninhava, enroscava. Pele com pele, pernas entrelaçadas, mão na mão, mão no cabelo, beijos no ombro. A entranharem-se no pescoço.
Olhos a pesar, sem pensar, só sentir.
Sonhar de olhos abertos, projectos de arco-íris e borboletas. Na barriga. Na barriga não, em todo o lado. Borboletas e bichos que crescem sem porquê, para quê. Mas sempre com os pés no chão, sempre sem flutuar.
Porque não quero que as borboletas me elevem a dois palmos do chão. Não quero a vertigem. Mas quero tudo isso na mesma. Os bichos, as borboletas, o flutuar, a vertigem.
Mas agora, agora encostava, aninhava, enroscava. Pele com pele, pernas entrelaçadas, mão na mão, mão no cabelo, beijos no ombro. Assim, só.