São Dois. Tão diferentes, tão meus.
“Vês, tia, aquilo é que era o emprego ideal para ti”, diz-me o Meu Um ao ver as bancas do Mercado de Natal.
Ou “A tia sabe fazer tudo. E faz tudo connosco”, diz o Meu Dois enquanto procuramos por pilhas e desmontamos brinquedos à procura delas.
Subir ao telhado, que é o mesmo que vir ter com eles, tem sido difícil. Tenho evitado porque as vozes ainda me sussurram a vertigem do salto. Mas desta vez não havia como evitar. E ainda bem.
Os Meus Dois, os Meus Tudo. Amor maior.
“Gosto de ti, tia”, seguido de “eu não gosto” e sei exactamente o que cada um me diz.
Tinha saudades deste Amor, aquele do A maiúsculo. Aquele que, sei-o, será para sempre porque eles são meus e eu sou deles.
Talvez me falte algo mais, mas estes Dois nunca me irão faltar.