Monthly Archives: June 2021

{#161.205.2021}

Dia de eclipse que não acompanhei, depois de mais uma noite interrompida. Portanto, mais uma noite igual às outras.

Tal como o dia, ainda por cima feriado. Que é o mesmo que dizer que foi, novamente, mais um dia igual aos outros.

Até quando é que os meus dias vão ser assim? Até quando é que vou aguentar estes dias assim? A resposta é simples: não sei. E tenho receio. Claro que tenho. Tenho receio de regredir e voltar ao túnel da depressão.

É tão fácil voltar lá. Tão demasiado fácil. E por isso mesmo tenho receio. Tenho medo de não aguentar. A ansiedade já se está a fazer presente. O constante estado de alerta também. As noites mal dormidas, que são interrompidas, também não me ajudam.

Sei que um dia tudo vai melhorar. Vai mudar. Vão voltar as rotinas que me fazem falta. Mas até esse dia vou ter que continuar a aguentar os dias sempre iguais.

Amanhã vai ser melhor. Resta-me acreditar nisso. Amanhã logo se vê. Mas vai ter que ser melhor.

{#160.206.2021}

A ansiedade mói. E dói. E cansa. Muito. Depois da ansiedade toda do dia de ontem, hoje estou muito cansada. Especialmente depois da consulta com o terapeuta fofinho em que, finalmente, falei de tudo o que me consumiu nos últimos dias.

O silêncio foi, finalmente, quebrado. Se fiquei aliviada? Sim, claro que sim. Mas ficou a faltar alguma coisa.

Enfim. Amanhã será melhor. Assim como foi hoje. E vai também ser mais tranquilo.

{#159.207.2021}

O silêncio dói. A ele rapidamente se junta a facilidade que a minha cabeça tem em fazer todo o tipo de filmes, especialmente de terror. E a tudo isso se junta a ansiedade.

Não admira, portanto, que hoje só tenha vontade de chorar… Não o vou fazer, mas sinto que tudo isto me está a consumir demasiado.

Eu sei. Está tudo na minha cabeça. Há, de certeza, um bom motivo para tamanho silêncio. E há-de estar tudo bem. Mas custa. Muito. Tanto. Demasiado.

Não quero isto para mim. Especialmente sabendo que as coisas são como são. “É o que é.” E está tudo bem.

Mas não está. Pelo menos não comigo, não está. A minha costela Borderline tem estado sossegada, mas esta semana acordou. Este silêncio acordou-a. E eu não sei lidar com este medo. De abandono? Sim, será isso mesmo. Medo de abandono. De rejeição. Coisas típicas de uma personalidade Borderline. E eu não sei lidar com isto de outra forma que não seja a fazer filmes de terror na minha cabeça.

Gostava tanto de não ser assim. Gostava de ser mais serena. Mas para isso era preciso não sentir tudo tão intensamente como sinto. O bom e o mau.

Porquê este silêncio…? Sei que mais dia, menos dia, o silêncio será quebrado. E até lá só posso esperar que esteja tudo bem. Sem saber exactamente o que fazer para suportar esta ansiedade e sem saber parar os filmes que crescem na minha cabeça.

É horrível sentir tudo desta forma. É horrível ter vontade de chorar por causa desta situação que é, no fundo, quase ridícula. É uma patetice. É uma coisa quase infantil. Mas é minha. E é real.

Existe. Consome-me. E sou eu e só eu que tenho que viver com isto. E não é fácil. Quando é tão fácil fazer parar. Basta que o silêncio seja quebrado.

É tão fácil… Mas não depende de mim. Não posso controlar esse silêncio. Nem posso forçar nada mais do que tenho “forçado”.

Amanhã será melhor. Vai ter que ser melhor. Porque eu não aguento muito tempo assim sem quebrar. E não quero quebrar.

Nem posso quebrar. Não outra vez.

{#158.208.2021}

Mais um dia igual aos outros. Sem muito sentido. Sem nenhum propósito. Sem qualquer ânimo.

Bem tento fazer com que os meus dias sejam diferentes. Mas não é fácil quando não há muito para fazer.

E estou, novamente, a sentir-me invisível. E a não gostar de o sentir. Mesmo sabendo que não há grandes motivos para ser de outra forma. E é em momentos como este que ponho em dúvida aquele tal gut feeling que me visita regularmente. Talvez não passe só de wishful thinking. Mas seja uma coisa ou outra, tem sido isso que me tem dado algum ânimo.

Vamos ver até quando…

{#157.209.2021}

Há dias em que a vontade de chorar, sem motivo aparente, é mais que muita. Hoje foi, é, um desses dias.

É desânimo. É desalento. É vontade de me fechar na minha concha.

Mas, apesar da vontade, não choro.

Respiro fundo, olho para cima e sigo em frente. É possível que amanhã o dia seja melhor. Por hoje combato essa vontade e faço de conta que está tudo bem. Não está. Mas sou perita em fazer de conta.

{#156.210.2021}

Sábado. Daqueles dias sem História ou estórias.

Mas hoje com bolachinhas feitas em casa. E das boas.

Não é preciso muito para fazer a diferença num dia aborrecido.

Amanhã? Logo se vê.

{#155.211.2021}

É preciso ocupar a cabeça todos os dias para manter a sanidade mental. Por isso continuo a fazer a prospecção que aceitei fazer.

Mas cada vez me fecho mais e me isolo. Afasto-me todos os dias um bocadinho mais. Quando o que queria era estar mais próxima.

Tenho que dar a volta a isto. Não sei como, mas tenho. Se calhar voltar a fazer-me presente com a mesma assiduidade de antes. Mesmo não sabendo se essa presença é bem-vinda ou até desejada.

Preciso de deixar de me isolar tanto. Não me faz bem. Preciso de dar a volta a isto e encontrar um propósito. Tenho procurado todos os dias uma solução para esta coisa que me está a consumir todos os dias e que começa a preocupar.

Cada vez me fecho mais. Cada vez me isolo mais. E não posso…

{#154.212.2021}

Tento, todos os dias, colorir os meus dias com outras cores.

Mas nunca tive muito jeito para a pintura…

Pergunto hoje novamente: de que cor se pintam os dias? Especialmente se forem sempre iguais?

Não sei… Já não sei…

{#153.213.2021}

De que cor se pintam os dias quando temos coragem para olhar para cima sem esperar nada em troca?

{#152.214.2021}

Mudança de planos para o dia logo de manhã e a expectativa de boas notícias que não chegaram.

Foi isto que fez do dia de hoje um dia estranho…

Amanhã volto ao ponto de partida e tento fazer do dia algo melhor. Ou, pelo menos, diferente.