Daily Archives: 04/07/2022

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Dia de regresso ao escritório. Acordar a horas impróprias, sair de casa de madrugada. Muito trabalho durante o dia. Sair à hora certa. Novos horários de transportes para chegar a casa. Demorar mais de duas horas desde que saio do trabalho até chegar, de facto, a casa. Duas horas e meia, na verdade. Quando, tantas vezes, demorava uma hora e meia ou menos.

Preferia continuar a trabalhar em casa. Mas faz-me falta sair e ver pessoas que me recebem sempre bem e com um sorriso. Mesmo que o trabalho não nos permita muita interacção.

Ir mantendo contacto e ter retorno. Sabe bem. Ainda não percebi se faz bem, mas algo me diz que sim. E a vontade é dizer “vamos jantar outra vez” ou só mesmo beber um café. Não digo, claro. Sei que ainda vai demorar um bocado até que se repita. Mas gostava, muito, que se tornasse um hábito.

Enfim…

E depois, do nada, lembro-me das promessas e planos de uma tempestade perfeita que, conforme apareceu assim desapareceu. E encolho os ombros. Pelos vistos não passou mesmo de uma espécie de brincadeira. Não levo a mal, da mesma forma que nunca levei demasiado a sério. Mas era escusado mexer com temas que me são, ainda, sensíveis.

E ainda hoje é segunda feira e eu já estou cansada. Amanhã? Será melhor. E a semana, apesar do volume de trabalho elevado, vai ser mais ligeira.

Amanhã repito os novos horários de regresso a casa, mas ainda vou procurar o meu percurso. E espero não demorar duas horas e meia para chegar a casa…

Agora é hora do ritual nocturno. Do qual não abro mão por me fazer sentido, apesar de tudo. E por me aconchegar e deixar um aconchego também no outro lado. Se devia parar? Nenhuma das partes acha que devia parar. Por isso, mantenho. Sempre que fizer sentido. Enquanto fizer sentido. E para mim faz.