Terça feira e já tão cansada.
Mais uma noite interrompida, desta vez por causa do calor. Muito calor. O suficiente para acordar completamente encharcada. E quente. Muito quente. Mas é Verão, portanto é normal haver noites quentes. Não quero pensar que seja outra coisa. Porque não é. É simplesmente calor numa noite de Verão…
Trabalho. Entrar mais cedo para sair mais tarde. Outra vez. E assim será toda a semana. Ainda não aprendi a dizer não. Mas não consigo ser de outra forma.
E o silêncio. A ausência de retorno. Já me devia ter habituado. Já devia saber que por vezes acontece. E está tudo bem. Mas sinto sempre a falta de um “bom dia”. E já me habituei à falta de um “boa noite”… Se queria mais? Claro que sim. Mas, neste momento, é assim. E, por ser assim, só me resta aceitar que não posso mudar nada. Um dia as coisas mudam. Só me resta esperar que mudem para melhor. Mas, até lá, a ausência de retorno pesa…
Amanhã será melhor. Mesmo que hoje não tenha sido mau, há sempre a possibilidade de melhorar. E amanhã será melhor. Simplesmente porque eu quero que seja. E, havendo retorno, melhora logo. Mas é preciso que haja.
Por hoje já sei que não haverá retorno. Mas a minha vontade é dizer “estou aqui”. Ainda não decidi se o digo ou não…
Entretanto, encolho os ombros. É sorrir e acenar. E tentar descansar, que é o mais importante neste momento.
Ou devia ser…
