Daily Archives: 02/12/2022

{#336.30.2022}

Sexta feira com um estúpido sabor a Sábado. Não sei porquê, mas todo o dia me pareceu um interminável Sábado.

Último dia de férias. Mais do que merecidas. Que me souberam lindamente. E que começavam já a pesar por falta de rotina. Faz-me falta a rotina. O ter que fazer alguma coisa. O ir trabalhar. O ir para o local de trabalho ainda não vai acontecer já na segunda feira nem na terça. Quarta feira sim, regresso para participar no primeiro jantar de Natal da empresa, jantar da equipa. Vai fazer-me bem regressar. Já sinto a falta de ver pessoas, de estar com pessoas. E gosto da equipa de trabalho onde estou inserida no momento. Daí sentir-lhes a falta.

Mas acima de tudo voltar a estar ocupada. Não ter demasiado tempo para pensar no que não devo. E eu penso sempre demais. Sou uma overthinker e daí não vem nada de bom.

E os últimos dias têm sido um reflexo disso mesmo. Penso demasiado no que já não merece o meu tempo. A minha dedicação. E sinto-me magoada, para além de zangada.

Mas já tomei a decisão, dolorosa, de soltar de vez e deixar ir. Acabarei também por agradecer, porque foi algo de importante e que contribuiu (e muito…) para que eu melhorasse. Porque, senti-o na altura, quis de facto melhorar. Estava focada em algo que me fez querer sair daquele lugar escuro onde me encontrava. E por isso tenho que agradecer. E soltar. E deixar ir. E não querer prender algo que já não faz sentido.

Tenho pena que as coisas estejam neste ponto neste momento. Não tinham que estar assim. Não tinha que ser assim. Mas também não vou ser eu a fazer nada para que voltem ao que já foram. Não fui eu que mudei…

Concentro-me em mim. Preciso, muito, de o fazer. Preciso de me conhecer. De me entender. De me encontrar. E, dizem-me, só tenho a ganhar com isso. E eu estou cansada de perder…

Já o disse antes: o mais importante sou eu. Repito-o para não me esquecer. Para não me esquecer de mim. Os outros? Terão que vir depois. Porque primeiro estou eu. E quando me conhecer, quando me entender, quando me encontrar, aí sim, os outros começarão a chegar e a ficar.

Até lá? É encolher os ombros, sorrir e acenar… Por muito que doa, e dói, por muito que custe, e custa. Mas primeiro estou eu.