Segunda feira e, ainda, a brutal dor de garganta. A infecção presente. Muito dolorosa.
De manhã, esperar a chuva parar e ir apanhar uma injecção. Já sei que isto só lá vai assim. Não tinha saudades nenhumas disto e muito menos tenho paciência para estar doente. Mas, pelo menos, à tarde deu para descansar e dormir mais um bocadinho. Dormir é o que preciso para o corpo se recuperar. Já o espírito…
O espírito vai recuperar também. Já assumi perante mim mesma que chegou ao fim aquilo que, durante cinco anos, achei que era uma amizade. Pelos vistos não é, nunca foi. Afinal, “somos o que somos”, seja lá isso o que for que ainda não sei o que é. Mas também já não vou fazer por saber. Falei nisso na última mensagem que enviei. A resposta? Zero. Silêncio. Nada.
Se é assim, então eu própria tiro as minhas conclusões. Sejam elas as mais acertadas ou não, não interessa. São as minhas conclusões tiradas com a pouca (ou nenhuma…) informação que as contradiga.
A única coisa que lamento verdadeiramente é ter a certeza que a mudança de comportamento e atitude é resultado directo de terceira pessoa. Lamento mesmo que assim seja. Mas nada me diz que não é. E, se alguém permite ser condicionado desta forma, tem ainda muito que aprender e crescer.
Enfim…como me disseram há uns meses: “pessoas há muitas!”. E há. E é isso que estou a descobrir agora: novas pessoas. E o que vier, vem. Desde que venha por bem. E desde que não se deixe condicionar por terceiros, tudo bem.
Tinha-me esquecido de mim. Tinha-me esquecido de que estou viva. E agora, mesmo desiludida e magoada, vou viver o que houver para viver.
Amanhã? Logo se vê. Mas, cinco anos depois, posso dizer que já chega. E é pena que termine desta forma, comigo zangada e o outro lado profundamente condicionado.
Agora? É continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. Porque primeiro estou eu. O resto é o resto e vem muito depois de mim.
