Dias difíceis? O de hoje…ou pelo menos a manhã foi extremamente difícil.
Luta intensa entre corpo e mente. Porque o meu corpo, cheio de dores, com os músculos das pernas duros e muito doridos só porque, antes de sair da cama, não tirei a manta de cima das pernas acabando por aquecer mais do que as minhas pernas aceitam, o meu corpo cheio de dores teimava que não conseguia dar um único passo, ao mesmo tempo que a minha mente insistia que tinha que conseguir, que ia conseguir!, independentemente do tempo que levasse a chegar à paragem do autocarro. Que foram, a muito custo, praticamente 20 minutos e que me fizeram dizer adeus ao autocarro que ainda vi passar mas que não tive condições para chegar a tempo à paragem.
Pouco depois, já em Almada, quase 15 minutos para atravessar a Praça até à clínica de Fisioterapia. Subir, com extrema dificuldade, aquela esquina até ao prédio da clínica. Dificuldade testemunhada à chegada por quem nunca me tinha visto a queixar-me desta maneira.
A fisioterapia, onde é requerido movimento e exercício das pernas? Fez-se. Devagar. Muito devagarinho. Com muitas dores. Muitas queixas. Muitos gemidos. Até muitos grunhidos. Tenho tido dias menos bons por lá. Mas hoje…
A parte boa da fisioterapia? Início de novo ciclo de tratamentos em que o Fisiatra prescreveu o regresso daquilo que preciso tanto: massagem! Na lombar e cervical! Seguida de calor. Se quase adormeci com o calor? Só não aconteceu porque me ligou a Terapeuta da Fala. Para saber se a minha voz já está de volta. Não está… E, logo hoje que é Dia Mundial da Voz, continua a faltar-me aquela que já foi ferramenta de trabalho. “É da doença“, diz-me a Terapeuta da Fala. Não duvido que seja, respondo.
No café, à espera do autocarro de regresso, mais uma coisa que me roubou um sorriso: um Pai Natal na semana da Páscoa gravado numa colher de café. As colheres de café em Almada são mais giras, está visto. E ainda bem que roubam sorrisos quando é preciso.
A tarde…ainda as dores nas pernas. A aula de Yoga, que hoje seria de 2 horas e meia, cancelada porque muita gente está de férias. Compensamos depois. Vai-me fazer falta, claro que sim.
Enfim…quarta feira, né? Pois…
