A cor, ou a sua ausência. Tenho vontade de pegar nos meus lápis de cor e voltar a colorir os meus dias. Rapidamente a cor se esgota novamente quando coloco à minha frente o leque de opções para o futuro. Futuro esse não tão longínquo quanto eu gostaria. Na realidade trata-se, até, de um futuro que nunca sequer imaginei nos meus piores pesadelos. E o leque de opções resume-se a pedir já em Agosto um estatuto que não sonhei para mim ou empurrar com a barriga lá mais para a frente o inevitável pedido.
A cor foge-me todos os dias e eu desisti de tentar agarrá-la. Não me cabe a tarefa de segurar o que não quer ficar. E os meus lápis de cor já não sabem pintar os meus dias de ausência de cor.
Sozinha. Pensei que não. Porque tantos me dizem que não estou. Mas quando mais ninguém pode estar dentro da minha cabeça, é sozinha que estou.
Mil caras. Floco de Neve. Tenha o nome que tiver. É unicamente minha. E não adianta tentar passar a mensagem. Enganam quando dizem não estarmos sozinhos. Mas é sozinhos que estamos…é sozinha que estou. Comigo mesma numa convivência difícil quando todos os dias me perco mais um pouco. De mim mesma…
