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Domingo que começou cedo. Consulta de manhã com o terapeuta fofinho, das poucas coisas que ainda me trazem algum sentido de normalidade. São momentos semanais que me fazem bem e me permitem falar sobre tudo o que trago cá dentro e que normalmente não sai com mais ninguém.

Muita preguiça neste segundo dia de férias, mas com algum estudo pelo meio. A tarde foi dedicada a reler manuais. Devia ter feito testes de preparação para o exame, mas não tive coragem. Amanhã sim, para além dos manuais irei também dedicar-me aos testes. Última oportunidade de meter na cabeça o que teima em não entrar.

E também amanhã, quem sabe, tenho resposta a uma simples pergunta feita esta tarde. Mas novamente o silêncio… E é esse silêncio que preciso de entender, especialmente depois de me ter sido cobrada a minha mudança. Não entendo. Afinal, mudei mas depois de me apontarem essa mudança e me dizerem que não era suposto mudar, alguém mudou. E não fui eu.

Enfim…é uma treta, essa é que é essa. Se podia tudo ser mais fácil? Podia, se o outro lado fosse como a tempestade perfeita que, conforme apareceu, desapareceu. Mas não é. É um porto de abrigo. Ou era. Já não sei. Sei, sim, que tudo seria mais fácil se não fosse quem é. E o que é.

Amanhã volto a perguntar. A repetir. E, amanhã, irei relembrar que não gosto de falar sozinha. E começa a ser um hábito. E é um hábito desnecessário para quem queria manter tudo como estava. A menos, claro, que os filmes na minha cabeça estejam certos. E, se assim for, algo de muito errado aconteceu.

São quase 5 anos de rituais matinais e nocturnos. Se for para acabar com isso, prefiro que mo digam abertamente. Mas que me digam mesmo se essa for, de facto, a vontade. Não acredito que seja. Mas parece, neste momento, não fazer grande diferença.

Amanhã? Logo se vê. Vou pedir resposta. Se não tiver, é o mesmo que dizer que já a tenho.

Encolher os ombros, sorrir e acenar. Mereço mais.

Enfim…

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