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Quarta feira e uma espécie de retorno. Que chegou ainda na noite passada, em reacção a uma fotografia que era, na verdade, uma mensagem não endereçada mas que chegou ao destino. E eu, claro, não sei ficar quieta e calada no meu canto por muito tempo.

Foi um dia longo de trabalho, mas que ao mesmo tempo passou a correr. E chegar ao fim do dia sem saber que dia é começa a tornar-se um hábito. Mas a verdade é que, por algum motivo, apaguei a segunda feira da minha memória. Só me lembro daquela mensagem ao fim do dia, depois de mais de uma semana de silêncio e ausência.

Mas é quarta feira. Já é quarta feira. À noite. Já não falta muito para o fim de semana. Que, mais uma vez, será um conjunto de dois dias vazios. Sem rumo. Sem nada para fazer. Tenho mesmo que encontrar alguma coisa para fazer e preencher esses dias e dar-lhes algum sentido, algum significado. Algum objectivo.

Sei que Agosto não é o melhor mês para procurar alguma coisa. Por isso, vou esperar mais uns dias. Depois? Logo se vê se consigo encontrar o que fazer. Sei bem o que gostava de fazer, mas sei, também, que não foi uma ideia muito bem recebida. Por isso, não vou insistir…

Muito cansada. Para variar. Hoje recolho um pouco mais cedo. O acordar tem sido muito complicado. E tenho arriscado os horários sem necessidade. Por isso hoje tento desligar mais cedo. E vou tentar, também, não dar muito seguimento ao retorno que hoje parece querer fazer-se presente. Sabe-se lá porquê.

Enfim… Amanhã será melhor. E continuarei quieta e calada no meu canto. Não irei tomar iniciativa como sempre fiz. Já chega de me fazer presente para, tantas vezes, ficar a falar sozinha…

Encolher os ombros, sorrir e acenar. Adoptei este mote e é nele que me concentro. O resto? É soltar e deixar ir. Não é fugir, é não pôr pressão.

O que tiver que ser, será. E o que for melhor para mim, será bem vindo. Agradeço e deixo ir. Amanhã? Logo se vê…

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