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Porque hoje é o Dia Mundial desta coisa que me apanhou na curva e cujo nome continuo a não conseguir verbalizar. Mas é preciso falar sobre isto. Partilhar experiências. Dificuldades. Coisas que ajudam nos momentos mais difíceis.

Já sabemos que há tratamento mas não há cura. O tratamento não traz melhoras nenhumas, mas tenta travar a progressão disto que é neuro-degenerativo.

Aceitar o diagnóstico será, provavelmente, a batalha mais difícil. Não sei…
O que sei é que qualquer um de nós, os muitos que até somos raros, continuamos a ser exactamente quem éramos antes do diagnóstico. É normal que exista um “antes” e um “depois“. Mas o “depois do diagnóstico” não faz de nós menos do que éramos antes.

Disseram-me há um ano que “a vida não acaba aqui”. E é verdade. Não acaba. E é possível que o novo normal que se inicia até traga coisas muito boas. Não duvido. Ainda não tive foi tempo, ainda é tudo muito recente, ainda me estou a habituar e a conhecer esta nova Eu.

Que esta coisa é uma grande treta? Não duvidem. É como se nos tirassem o chão de baixo dos pés. Mas não é para desistir. De nada. É para reaprender a andar? É para fazer ajustes, adaptações, alterações até às coisas mais básicas como tomar banho? Então siga! Desistir é que não é opção.

Dia Mundial desta coisa que me apanhou na curva. Cujo nome continuo a não conseguir verbalizar. Muito provavelmente continuo a recusar. Porque o que eu queria mesmo era voltar ao meu antigo normal. É que este novo normal não tem piada nenhuma…especialmente porque não é possível fugir dele.

Por isso, siga! E quem quiser acompanhar já sabe: é devagar. Devagarinho…

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