Daily Archives: 01/05/2025

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Completamente…perdida. Perdida por aí no meio de tudo isto que me preenche os dias ultimamente: isto que me apanhou na curva e que ainda estou a conhecer e a aprender como funciona no meu corpo, a anemia que ainda está em tratamento e que me suga toda e qualquer energia que gostava de ter e que o resto não tivesse esgotado, a fadiga e o não conseguir organizar-me para recuperar das manhãs depois de almoço mesmo que as manhãs tenham sido passadas a fazer nada…

O que me conduziu à anemia no final de Janeiro está de volta. Na altura preocupou-me, claro. O diagnóstico de anemia acabou por não ser surpresa, já o esperava depois daqueles 41 dias que começaram em Dezembro e se arrastaram de forma intensa até ao fim de Janeiro. Agora voltou tudo…agravado pela anemia que já existia. Agora sim, sinto a absoluta falta de força seja para o que for. Fisioterapia? Ontem já não consegui ir. Amanhã? Só de pensar em fazer o caminho até lá já me sinto absolutamente esgotada. Por isso, não!, amanhã não vou à Fisioterapia. Nem, novamente, ao Yoga. Simplesmente não estou em condições de nada, para nada…

Acabei por adormecer no sofá ao final da tarde. O meu corpo pedia para dormir desde o meio da manhã depois de, mais uma vez, acordar cedo. Sem despertador e sem necessidade. É feriado, já não ia à Fisioterapia e podia ter dormido um pouco mais. Mas não…

Acordar depois de adormecer no sofá é, por norma, um processo tranquilo. Hoje não foi. E não foi apenas um processo incomodativo. Foi assustador…e não duvido que não foi assustador apenas para mim. A minha mãe estava comigo. E quando eu mais precisava de estar acompanhada, por mais nada que apenas não estar sozinha, ela afastou-se. Arranjou coisas para consertar, coisas para arrumar. Que tinham que ser feitas, claro que sim. Mas não puderam esperar nem mais um segundo…

E tudo o que eu queria dizer era “Não me deixes sozinha…” mas até a minha voz não tinha força suficiente para ser ouvida…

Foi sozinha que ali fiquei, no sofá, até me reencontrar e procurar em mim mesma a serenidade que estava tão desesperadamente a precisar… Também queria ter dito o mesmo a quem está a 135km e que eu queria tanto ter perto de mim: ele. Acabei por lhe dizer mais tarde, já serena. E disse-lhe também o quanto me custa preocupá-lo quando não estou bem. Porque custa. Porque sei que fica frustrado por não poder fazer nada. Por estar longe. Por não estar aqui. E não me sinto no direito de o preocupar. Mas também não acho justo esconder-lhe o que se passa. Não é justo para nenhuma das partes…

Se estou farta desta bola de neve? Muito. Tanto! Se queria voltar ao meu antigo normal? Não há nada que quisesse mais! Porque este novo normal, que ainda estou a conhecer, é tudo menos simpático ou agradável…

Voltar ao meu antigo normal não é possível. Resta-me ir conhecendo o meu novo normal, aprender os sinais que o meu corpo transmite, descodificar as mensagens. E descansar. Que é o que eu já devia estar a fazer agora…

Amanhã? Não vou à Fisioterapia. Não vou ao Yoga. Mas vou tentar perceber se ligo ou não para a Saúde24… Tinha dado a mim mesma o prazo de segunda feira para o meu corpo entrar nos eixos. Mas admito que a questão da anemia e o regresso intenso do que a provocou me está a preocupar. Muito. Por isso, amanhã logo se vê. O mais urgente neste momento? Ir dormir…