Daily Archives: 03/05/2025

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Não saía de casa desde que voltei da Fisioterapia na terça feira à hora de almoço. Saí cedo, fiz o que consegui e o que o meu corpo permitiu na altura, voltei para casa e não consegui voltar a sair.

Tirando ontem, depois de ligar para a Saúde24 mais para pedir orientações do que propriamente para ouvir a frase que ficou a ressoar na minha memória: “dada a gravidade dos sintomas descritos, vamos accionar o INEM de imediato“…

Com’assim, accionar o INEM de imediato?
A verdade é que me transferiram a chamada para o INEM, “se a chamada cair pode ligar directamente para o 112, já está referenciada e eles já estão à espera do seu contacto”.
A chamada não caiu. Falei de imediato com um técnico do INEM, respondi às 1500 perguntas que me fizeram e terminaram com “a ambulância vai já para aí“. E, no meio disto tudo, a minha reacção foi só “Oi? Como assim, ambulância?”

Chegou em menos de nada. Na ambulância dos Bombeiros de Cacilhas, quartel da Costa da Caparica, dois bombeiros: o Nuno, condutor, e o Gonçalo que me acompanhou na viagem. Apenas 20 anos mas com uma preparação de fazer inveja a muita gente.
“No Garcia de Orta não estão a receber doentes, preparada para ir até Setúbal?” Na realidade, não estava preparada para nada daquilo! Mas fui. Fomos! A minha mãe, claro, sempre comigo.

Exames, observação de valores. Perimenopausa no seu melhor e mais um momento disto que me apanhou na curva e que eu ainda estou a conhecer. Falta extrema de energia, fadiga ao rubro? Quando até falar me deixava sem força? É só mais uma para o rol de coisas que ainda desconheço.

Adormecer depois da 1h da manhã e acordar hoje a pensar que deviam ser 10h e pouco, olhar para o relógio e perceber que, afinal, eram 15h35m. Se calhar o meu corpo estava mesmo muito mais esgotado do que eu pensava…

Agora? Está tudo bem. Obrigada a quem esteve desse lado. A quem perguntou e quis saber. A quem, mesmo à distância de um clique, não me largou a mão: ele.

Tinha que ir à rua hoje, claro. E a esplanada do costume era algo que não me apetecia. Por isso, fui um pouco mais longe, dar uso às pernas que doíam como se tivesse cães a morder-me a barriga das pernas.

Mas fui! Agora? É ir dormir que, para variar, já é tão tarde. E eu teimo em não aprender nada…