Por aqui, continua-se assim: visão dupla a bombar! O dia todo!
Ver televisão é uma aventura para conseguir ler as legendas, para escrever no telemóvel é outra aventura para não errar as teclas. E depois há os óculos. Que, para ler as legendas na televisão, dão uma grande ajuda quando não estou a ver a dobrar mas que para ler ou escrever no telemóvel só atrapalham e cansam demasiado e por isso prefiro tirá-los. As lentes têm 2 anos e precisam (já há largos meses) de ser ajustadas. Mas o orçamento para passar de lentes intermédias para progressivas, mesmo com 40% de desconto!, é assustador, por isso a mudança de lentes vai ter que esperar.
Quanto à visão dupla, não há lentes que resolvam. Faz parte disto que me apanhou na curva. Mas, e há sempre um mas!, faltam apenas DOZE dias para finalmente ter acesso à medicação e tratamento que espero há meses e que, dizem, me vai ajudar. Não me vai curar, porque esta coisa que me apanhou na curva não tem cura, mas dizem que tudo vai melhorar. Espero que ajude também a travar a visão dupla, porque já não há pachorra para ver as coisas a dobrar!
Faltam 12 dias. DOZE! Uma dúzia de dias. Sempre ouvi dizer que à dúzia é mais barato. Mas o que eu SEI mesmo, ninguém me contou!, é que serão 12 longos dias de espera. Pelo menos já há uma data de renascimento marcada! Que venha ela então rapidamente. Daqui a 12 longos dias e a visão dupla a bombar…
Vá, eu espero mais este bocadinho. Faltam “só” 12 dias…
Entretanto, passava das 20h10m e eu hoje (ainda) não tinha saído de casa. Aos poucos, vou aceitando que este cansaço estúpido, que me faz apagar durante horas no sofá mesmo que não tenha acordado assim tão cedo como gostaria, é normal. Ou “normal“, já nem sei. Sei que faz parte. Faz parte disto. Ou “disto“, cujo nome ainda não consigo aceitar, nomear, escrever. Fazê-lo é tornar demasiado real aquilo que não procurei mas que me encontrou e me apanhou na curva. E que teimo em ainda não aceitar. Teimo em negar. Teimo em fazer de conta que vai passar. Não vai.
Mas o tempo passa. E ainda há pouco foi hora de almoço e agora, de repente, ao olhar pela janela, vi que o Sol já se tinha posto. E vi também que hoje, na praia, o pôr do Sol deve ter estado um espectáculo lindo. Chegou-me, pela minha janela, lá ao longe, o jogo de cores do final de dia. E pensei em como gostava de ter estado no paredão hoje para o pôr do Sol na praia. Mas, acreditem ou não, o meu corpo ainda está a recuperar de lá ter ido há dois dias…
Sei que vão haver mais dias para lá voltar. Sei que daqui a 12 dias a tendência será para, se não melhorar, pelo menos estabilizar. E, mesmo parecendo pouco, já é tanto!
Tenho saudades de ir ver o pôr do Sol na praia todos os dias como cheguei a fazer em Janeiro até chegar a chuva? Tenho. Muitas. Tenho capacidade física para isso? Nem por isso. Mas sair de casa todos os dias um bocadinho é possível. Nem que seja para ir só ali à mercearia, como fiz questão de fazer.
Amanhã? É dia de Yoga, portanto vai ser dia de sair de casa. Mas vai ser tão bom sair pelo motivo que é. De resto, já sei que o dia vai ser muito lento e preguiçoso até serem horas de, finalmente, ir apanhar o autocarro. Mas, por hoje, já chega. Não fiz absolutamente nada o dia todo, é verdade, mas sinto-me muito cansada. Por isso, é hora de dar o dia por terminado e enroscar e aninhar daquela forma que só nós dois sabemos e que não é para partilhar porque não interessa a mais ninguém. Aninhamos e enroscamos à distância de um clique, é verdade, mas há já mais de um ano que ambos nos sentimos mais aconchegados quando enroscamos à noite. Por isso, agora vou só ali enroscar, amanhã estou de volta mais revigorada.
Até amanhã.