Cheio, intenso e sem açúcar

Referia-me assim ao café hoje de manhã. Que é assim que o tomo, sempre, que é assim que deve ser porque para ser alguma coisa que seja em grande, que seja forte, que seja puro.

Aplica-se a tanto mais do que apenas café. Até ao vinho, por exemplo. E tanto o café como o vinho dos últimos dias de constância na minha cabeça não passam de meras metáforas para realidades que estão do lado de fora e que apenas como metáforas consigo partilhar.

Sim, gosto muito de café. Sim, estou a gostar do vinho. Mas, lá está, sem aditivos, puros, em quantidade e em qualidade. Tudo. Tudo, como todos os dias atrás de dias. Experiências atrás de experiências. Assim, as emoções, as sensações, boas ou más, mas sempre grandes, fortes e puras. Porque os aditivos, como o açúcar no café, tiram o verdadeiro sabor das coisas, seja ele demasiado amargo, ou com um travo já de si doce. E a medida sempre alta, porque para ser que seja em grande. E a qualidade, sempre a mais intensa, mais forte, mas nunca queimada. Porque se é para sentir, então que me percorra cada poro, cada camada de pele.

E porque também isto é estar viva. E é querer viver. A vida. Assim, cheia, intensa e sem açúcar.

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