Monthly Archives: July 2021

{#192.174.2021}

Final de dia na praia.

E sempre a fazer de conta que está tudo bem.

Sou perita em fazer de conta. E estou cansada disso. Um dia assumo o que não me faz bem e afasto-me. A muito custo. Mas um dia, quem sabe, assumo e sigo em frente. Sem saber onde esse em frente me levará.

Um dia. Mas ainda não é hoje.

{#191.175.2021}

Sábado. Que começou cedo, duas horas antes do despertador tocar. Porque sim, simplesmente.

Demasiado calor lá fora, faltou a coragem para levar os miúdos à praia. Iremos amanhã, sem falta.

De resto, nada. Apenas a ideia de abrir mão de vez do que trago cá dentro, que guardo comigo.

Quem sabe… Se calhar era o que me fazia melhor. Mas não sei se consigo. Prefiro ter pouco a não ter nada. Não sei ser de outra forma. Por isso vibro com os pequenos nadas. Mas até esses me estão a faltar.

Amanhã será melhor. Assim o espero. Por isso farei. Logo se vê como será. Por hoje já chega.

{#190.176.2021}

Custa-me ter dias sempre iguais.

Custa-me, também, guardar cá dentro o que carrego comigo e que, já tendo partilhado, não posso partilhar mais. Queria muito. Mas “é o que é”. E eu só tenho que aceitar isso e seguir em frente. Mas custa. Muito. Porque é algo bonito. E puro.

Um dia passa. Quem sabe quando os meus dias deixarem de ser sempre iguais. Sei que um dia passa. Sempre passou. Deixa uma espécie de vazio. Mas acaba por passar.

Penso muitas vezes como seria se não fosse como é. Dou por mim a sonhar acordada com o que não é possível. E sonho tantas vezes à noite também. E não pode ser. Nada disto pode ser. Porque não me faz bem.

Custa. Muito. Mas faço-me de forte. E volto a fazer de conta. Que não me afecta. Que não me toca. Que não dói.

Mas dói.

Um dia passa. Até lá vou encarando tudo como mais um obstáculo a ultrapassar. E se já ultrapassei tantos e alguns tão mais difíceis, também este será ultrapassado.

Um dia.

Mas não hoje.

Não ainda…

{#189.177.2021

Dizer o quê? Que foi mais um dia igual aos outros?

Claro. Porque foi isso mesmo.

Amanhã será melhor. Diferente será de certeza, porque esta noite acaba-se o sossego com a chegada dos meus Dois.

Portanto, vamos ver como vai ser.

{#188.178.2021}

Nada. Outra vez.

Mais um dia igual aos outros. Vazio. Sem História ou histórias. Nada.

Amanhã? Vamos ver como corre.

{#187.179.2021}

Estou cansada. De não trabalhar. E não vejo perspectivas de mudança tão cedo.

E todos os dias me apetece chorar…

Amanhã será melhor. E logo se vê o dia seguinte.

{#186.180.2021}

Como digo tantas vezes: sair de casa um bocadinho todos os dias. E depois de um fim de semana sem sair, hoje saí. Foi só um bocadinho, mas serviu para ver o azul do céu, que durou pouco.

Amanhã tentarei sair um pouco mais, embora a vontade seja cada vez menor.

Logo se vê como será o dia de amanhã. Hoje não chegaram boas notícias, antes pelo contrário, por isso volto a tentar encontrar algo de bom.

Amanhã será melhor. Dizem que vai chover. Eu digo que será melhor.

{#185.181.2021}

Domingo. Sem sair do registo sofá e televisão.

Amanhã começa uma nova semana. Pode ser que traga boas notícias.

Será melhor que hoje.

{#184.182.2021}

Dia cinzento que não deu vontade para nada. Sofá, televisão e manta. E um bocadinho de preguiça à mistura.

Dia vazio, portanto. Típico de domingo, mas ainda só é sábado. Amanhã deverá ser igual. Prevê-se novo dia cinzento, portanto volto ao sofá e televisão com manta.

Logo se vê como será amanhã. Por hoje foi o que foi.

{#183.183.2021}

Nem sempre, nem nunca. São duas palavras que prefiro não usar. Porque injustas nuns casos, incertas noutros. E não gosto que as usem comigo, precisamente pelos mesmos motivos.

Dia longo, o de hoje. Porque não aconteceu nada digno de registo. Ou simplesmente não aconteceu mesmo nada.

Ainda sem feedback da experiência de ontem, mesmo que já tenha tomado a minha decisão. Não é para mim, mesmo que venham a dizer que sim.

Amanhã, sábado, logo se vê o que acontece. Dizem que o tempo vai estar bom. Quem sabe ganho coragem para ir até à praia…ou não.

Logo se vê…

{#182.184.2021}

Como previsto, o dia foi melhor do que ontem e a entrevista correu bem. Mas não é a minha praia…

Entretanto a ansiedade passou. Claro que sim. É só normal que aconteça dessa forma. Uma vez passado o que provoca a ansiedade, ela esfuma-se. Portanto hoje estou muito melhor que ontem.

Mas cansada, muito. Porque para além de moer e doer, a ansiedade também cansa.

Amanhã terei o resultado do dia de hoje. Mas, seja qual for o resultado, já sei que não é para mim. Se é para fazer, é para fazer bem feito. E ali não o conseguiria fazer.

Agora, deitar a cabeça na almofada e acreditar que o que é para mim ainda virá e em breve. E sim, amanhã será melhor.