Sexta feira e voltou a haver retorno, como previsto. E é tão bom quando assim é. Sei que no fim de semana dificilmente haverá, mas também sei o motivo. E isso acalma a ansiedade que me é tão característica e estupidamente familiar. A mesma ansiedade que me leva a fazer filmes na minha cabeça que nada mais são do que reflexo de insegurança e baixa auto-estima.
Sexta feira e faz frio. A semana, mais curta, passou a correr tranquila. E o pensamento sempre naquele lanche de segunda feira. E a certeza que sim, é para repetir. E por minha vontade seria para repetir de forma mais assídua.
As coisas são como são, não há como negar. Mas também parecem ser outra coisa que na realidade não são. Mas só eu sei. Acho eu que só eu sei. E o retorno, sempre. Que quase me atrevo a chamar cúmplice. Porque o é. Só não sei se consciente. Mas que quero acreditar que sim. Que o é assim desde o primeiro dia há 4 anos.
É-me importante falar sobre isto e só o posso fazer com o terapeuta fofinho. Que me ouve, me responde e não critica, antes pelo contrário. Acaba até por apoiar, ou não fosse ele também responsável por esta história. Que o é. Se não fosse ele a incentivar a minha participação, não estaria hoje a escrever sobre o que trago comigo, cá dentro. Não sei como estaria, mas não duvido que não estaria melhor do que estou. Porque não estaria onde estou, como estou e com quem estou, mesmo não estando com ninguém.
É. As coisas são como são. E isto é o que é. E eu estou bem assim, mesmo sabendo que gostaria de mais.
Quem sabe um dia as borboletas na barriga e o gut feeling não confirmem aquilo que acredito ser possível?