Dia frio lá fora. Aconchegado cá dentro. Tranquilo no trabalho, demasiado tranquilo para uma segunda feira.
Presa na memória. Na memória do último sábado. Porque os olhos, para lá da máscara, os olhos… Os olhos que marcam e me prendem numa memória que não quero largar. Onde me perco e me encontro.
Podemos voltar ao último sábado?
Não podemos, claro. Nem eu devo ficar presa a uma memória que não deve querer dizer nada. Mas é mais forte que eu. Porque me soube tão bem e me fez tanto sentido. E me fez sentir. E só por causa disso sorrio um sorrizinho ao canto da boca e saltarico por aí com um brilhozinho nos olhos.
Adolescente, sempre. Mais uma vez, adolescente mas de uma forma boa. Positiva. Porque isto que existe há quatro anos nunca foi outra coisa que não algo de positivo.
O que vai sair daqui? Provavelmente nada mais para além daquilo que é. Porque é o que é. E não é obrigatório ser muito mais.
Viajo na memória. Regresso àqueles olhos de sábado. E deixo-me ficar por aí. Porque é mais um pequeno nada a juntar a tantos outros e que fazem já um grande tudo.
Estou bem assim. E estou mesmo.