Há silêncios que me doem. E pesam. É a falta de retorno que, sei bem, não é obrigatório acontecer todos os dias. Mas esses silêncios, essa falta de retorno, doem e fazem disparar as inseguranças, a falta de auto-estima e os filmes na minha cabeça.
Sei que não há obrigação nenhuma quanto ao retorno. Sei que tanta coisa pode originar essa falta de retorno. Sei, também, que sou eu quem espera demasiado. E sei que tudo isso me faz mal. Porque me faz sofrer. Não gosto desta expressão, “faz sofrer”, mas a verdade é que faz. E quando uma pessoa se habitua a um certo nível de retorno, sofre quando há quebras.
Não quero pensar muito nisso. Vou deixando andar. Mantendo-me como sempre. Sem me querer impôr. Mas sempre presente porque sim. Porque me faz sentido. E só sei ser assim. Não devia, mas é só como sei ser e fazer.
O retorno voltará a acontecer. Não sei quando, sei apenas que desejo que aconteça rapidamente.
Porque há silêncios que me doem. E eu não gosto disso.