Monthly Archives: November 2021

{#314.52.2021}

Quarta feira. Cansada de uma semana que ainda agora vai a meio. Uma vacina e respostas fugidias.

E filmes na minha cabeça, novamente. Não gosto disso, mas não consigo evitar. Especialmente quando há respostas que me fogem.

Desligo por hoje. É o melhor a fazer para não pensar. Amanhã será melhor.

Pode ser que cheguem as respostas que me fogem.

{#313.53.2021}

Terça feira. E hoje não me apetece escrever.

Por nada, apenas por estar cansada e não ter nada digno de registo.

Recolho-me, um bocadinho mais tarde do que o habitual. E já a fazer contas ao sono que tenho.

Falta muito para o fim de semana?

{#312.54.2021}

Dia de retorno. Desta vez, retorno de uma espécie de trabalho que me foi proposto e que aceitei sem pensar duas vezes. Seria (é) uma forma de ajudar. Não ocupa demasiado tempo, não tem horários a cumprir, não é exigido nada que não consiga cumprir. A minha parte é feita hoje com a mesma vontade do primeiro dia. E hoje foi dia de concretização de algo que já era real há uns tempos mas que só hoje se pode materializar.

Há potencial para mais. Não depende de mim a concretização, mas o potencial está lá. Se posso fazer mais? Não. E não me preocupo com isso. Sei que a minha parte é apreciada. Sei que faço o que me foi proposto. E sei que é uma espécie de parceria que traz vantagens para ambas as partes.

E depois, depois nada. É o que é. Mas também é uma forma de estar presente, de ser presente. E sei que também isso é valorizado.

Se tudo isto é completamente inocente? Não. Claro que ganho com isto. Mas há uma parte do que ganho que não pode ser contabilizado e que só eu sei o que é. É algo que me faz sentido. E me faz, também, sorrir.

Sim, hoje foi dia de retorno. Do trabalho realizado e do ritual de todos os dias. E dou por mim com um sorrisinho ao canto da boca e um brilhozinho nos olhos. Que já me acompanham há muito tempo, mas que hoje deixo transparecer mais.

Enfim, é uma espécie de parceria de trabalho que podia ser mais do que apenas isso, porque tem condições para tal. Cada vez tenho menos dúvidas disso. Basta querer o outro lado…

Mas é o que é! Não posso esquecer-me disso. E às vezes esqueço-me. E não posso mesmo. Para meu bem, não posso esquecer-me.

Termino o dia a olhar para cima, como sempre. E a encontrar a minha Lua em início de ciclo. E a acreditar que um dia o que hoje parece impossível vai ser possível.

{#311.55.2021}

Domingo que foi igual a sábado. Descansar e fugir ao frio. Manta, sofá, televisão e uma gata que se quis aquecer.

Amanhã, o regresso à rotina. Só custa o acordar tão cedo. Porque o resto do dia corre bem. E sabe bem.

Desligo por agora, mas antes ainda cumpro o ritual. Já não passo sem o fazer, todas as noites. E sabe-me bem. Mesmo que não tenha retorno imediato, é algo que me faz sentido e me faz sentir. E, enquanto assim for, continuarei a fazê-lo.

{#310.56.2021}

Sábado sem nada a registar ou declarar. Foi dia de descansar e fugir ao frio.

Amanhã não será muito diferente.

{#309.57.2021}

Sexta feira e voltou a haver retorno, como previsto. E é tão bom quando assim é. Sei que no fim de semana dificilmente haverá, mas também sei o motivo. E isso acalma a ansiedade que me é tão característica e estupidamente familiar. A mesma ansiedade que me leva a fazer filmes na minha cabeça que nada mais são do que reflexo de insegurança e baixa auto-estima.

Sexta feira e faz frio. A semana, mais curta, passou a correr tranquila. E o pensamento sempre naquele lanche de segunda feira. E a certeza que sim, é para repetir. E por minha vontade seria para repetir de forma mais assídua.

As coisas são como são, não há como negar. Mas também parecem ser outra coisa que na realidade não são. Mas só eu sei. Acho eu que só eu sei. E o retorno, sempre. Que quase me atrevo a chamar cúmplice. Porque o é. Só não sei se consciente. Mas que quero acreditar que sim. Que o é assim desde o primeiro dia há 4 anos.

É-me importante falar sobre isto e só o posso fazer com o terapeuta fofinho. Que me ouve, me responde e não critica, antes pelo contrário. Acaba até por apoiar, ou não fosse ele também responsável por esta história. Que o é. Se não fosse ele a incentivar a minha participação, não estaria hoje a escrever sobre o que trago comigo, cá dentro. Não sei como estaria, mas não duvido que não estaria melhor do que estou. Porque não estaria onde estou, como estou e com quem estou, mesmo não estando com ninguém.

É. As coisas são como são. E isto é o que é. E eu estou bem assim, mesmo sabendo que gostaria de mais.

Quem sabe um dia as borboletas na barriga e o gut feeling não confirmem aquilo que acredito ser possível?

{#308.58.2021}

Quinta feira e a semana a chegar ao fim. Tranquila e cheia de trabalho. E sono. Esse sempre presente.

E mais um dia sem retorno, até ver. Mas não me posso esquecer que não posso pedir o que não têm para me dar. Tranquila também com isso. Sei que faz parte e que esse retorno vai chegar. Quem sabe ainda hoje, depois do ritual de fecho de dia.

Enfim, nada de novo em mais uma quinta feira que termina. E mesmo sem retorno sei, porque o sinto, que o caminho é por ali. Onde me vai levar não sei, mas dizem que o importante é a viagem e não o destino.

Amanhã? Logo se vê como será, mas se for igual a hoje já é bom. Tirando o frio, para o qual não estou preparada ainda mas que já chegou.

Seja como for, continuo a olhar para cima. Sempre.

{#307.59.2021}

Agora que saio de casa de dia, gosto de observar as cores da manhã. Já não tenho cores de final de dia para acompanhar, fico-me pela manhã. E gosto mesmo muito. Custa sair de casa tão cedo, mas vale a pena.

Quarta feira e a semana, mais curta, corre tranquila. O fim de semana já não está longe e o sono vai-se gerindo até chegar sábado.

O ritual da manhã e da noite vai-se repetindo sem novidades. Mas sabe sempre melhor quando há retorno. E hoje (ainda) não houve. Não desanimo. Mas sinto-me desaconchegada. Como se me faltasse alguma coisa que me dá conforto. E na realidade falta.

Mas se não houver retorno hoje, sei que haverá amanhã. E o gut feeling de novo, depois de segunda feira, a sussurrar-me ao ouvido.

O melhor, ocorre-me agora, é ir dormir. O dia já vai longo e amanhã é dia de madrugar novamente. E não posso continuar a divagar em palavras que não dão em nada a noite toda. Vou (mesmo) dormir.

{#306.60.2021}

O horário de Inverno pode ser deprimente na hora de regressar a casa, significa sair do trabalho já de noite. Por outro lado, e durante algum tempo vai ser assim, permite-me sair de casa já de dia, ao contrário dos últimos dias em que saía de casa de noite.

E começar o dia com uma conversa matinal ainda bem cedo, sabe tão bem. É raro acontecer tão cedo, mas hoje aconteceu. E soube-me muito bem. Sim, foi mais um pequeno nada. Mas são esses pequenos nadas que me aconchegam, já se sabe.

Esta semana é mais curta. Ainda agora começou e já me sinto tão cansada. Começo a não gostar deste cansaço mas não vou pensar muito nele. É o que é, resultado de noites mal dormidas, acordar demasiado cedo e dormir mais tarde do que devia. Tenho saudades de trabalhar a partir de casa… Não me cansava tanto e resultava na mesma. Mas acredito que será possível (e provável) voltar ao teletrabalho.

Por hoje dou o dia por terminado. E termino o dia como comecei: uma pequena conversa, o ritual do habitual. Já não passo sem ele.

{#305.61.2021}

Um jantar que se antecipou para um lanche. Mas o importante é que aconteceu.

Com borboletas na barriga e uma tranquilidade que vem sempre dali. Uma espécie de segurança. Que cada vez me faz mais sentido e que desde o primeiro dia me deixa aconchegada.

Falou-se do que era suposto, tive resposta às minhas questões sobre um eventual regresso a algo que me faz sentido. Falou-se de tudo o que há vários meses não era falado porque o online não dá para tudo.

Foi bom conversar. Já tinha saudades disso. E novamente fica a ideia de que isto devia acontecer mais vezes. Só porque sim e porque sabe bem. E a mim faz-me bem.

E fica também a certeza de que eu devia sair de casa mais vezes. Estar com pessoas. As minhas pessoas.

Vamos ver o que o tempo nos traz. Ou me traz porque aqui sou só eu a pensar e a planear e a imaginar e, quase me atrevo a dizer, a sonhar acordada.

Quem sabe o que vai acontecer. É esperar para ver. Mas o que importa é que, o que aconteceu hoje, devia (podia?) acontecer mais vezes.