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Há 8 anos a escrever todos os dias, sem excepção. O desafio inicial era para apenas 100 dias. 2922 dias depois, continuo o ritual de fim de dia para exorcizar o que passou. Escrevo até quando não tenho nada para dizer.
E irei continuar a fazê-lo porque já não sei terminar o dia de outro modo.
Se escrevo alguma coisa de jeito? Nem por isso. Também não procuro leitores. Escrevo acima de tudo de mim para mim.
Se já escrevi melhor? Nos momentos muito maus foi quando escrevi melhor. Nos momentos mais ou menos maus ainda vou escrevendo alguma coisa de jeito. Nos outros momentos? São só palavras soltas cuspidas para o éter.

Já muita coisa ficou escrita nestes últimos 8 anos. Para não me esquecer de nada, especialmente para não me esquecer que sim, é possível haver dias bons depois de momentos maus.

São 8 anos de reflexões diárias. Sem excepção. Todos os dias. Um hábito que se entranhou e que ficou até um dia. Mas esse dia ainda está longe.

Nessa escrita, que é de mim para mim, sobre mim, aparecem várias personagens com quem me fui cruzando. Algumas que já deixaram de fazer parte da minha História. Outras que quero que permaneçam. E outras que ainda irão chegar.

São 8 anos. Mas só custaram os primeiros dias. Agora? É tão natural como fechar o dia.
E é a escrever que me sinto melhor. Porque gosto de palavras, gosto de jogar e brincar com palavras. E por isso mesmo irei continuar a fazê-lo. Até um dia. Seja lá esse dia quando for.

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