Domingo, dizem, é dia de descansar. Ou dia de não fazer nada. Acordar às 8h da manhã sem necessidade é que não tem piada.
Não faz mal, 10h da manhã de um Domingo parece-me uma boa hora para enroscar e voltar para a cama. Foi sono directo até às 14h. Se era o que eu queria? Não. Mas era o que eu precisava. Como agora que são 17h15m o meu corpo pede sofá depois de muito tempo, demasiado tempo, no cadeirão. Deu tempo para tudo que se resume a nada e ainda receber dois telefonemas.
Mas as dores um pouco por todo o corpo dizem-me que é tempo de sofá. Não há, infelizmente, um botão de reset que reponha o corpo em condições, por isso é melhor ouvi-lo e satisfazer os seus pedidos. Por isso, com licença, vou só ali assumir a minha relação de proximidade com o sofá. E, sendo Domingo, não dá nada de jeito na televisão. Que é o mesmo que dizer que vou adormecer em menos de nada.
Se eu queria que a minha vida estivesse reduzida a isto? Não, de todo. Mas fui apanhada na curva por algo que veio para ficar e, ainda sem qualquer tipo de medicação, vou-me adaptando como posso e como sei. Por isso, e mesmo sem botão, vou só ali tentar fazer um reset. Depois? Logo se vê.
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E o reset no sofá durou até às 19h e pouco. Agora, que é quase meia noite, estou a lidar com o sono que tenho há horas mas estou em luta comigo mesma. Sei que tenho que ir dormir, sei que tenho que acordar cedo amanhã, sei que devia fazer um horário de sono decente. Mas, como disse, estou em luta comigo mesma. Porque os meus dias se têm resumido a nada e eu quero sempre mais. Mas, já sei, não posso. Por isso, e porque tenho de facto muito sono, vou para a cama. Ainda tenho algumas coisas para fazer antes de dormir. Mas esta luta comigo mesma não me traz nada de bom.
Amanhã é, novamente, dia de fisioterapia. Novamente me vou queixar das dores. E, novamente, o Miguel, fisioterapeuta estagiário, vai puxar por mim. E, o mais certo, é levar um novo tareão.
Estou cansada das dores. Os desequilíbrios mantêm-se em alta mas, de uma forma ou de outra, vou-me apoiando aqui e ali em casa e na muleta na rua. Mas as dores…nas pernas, nos joelhos, nas costas…em suma, no corpo todo, não sei como as tratar. Só sei que, nestes dois dias do fim de semana, o meu corpo me pediu para parar. E foi isso mesmo que eu fiz. Parei para descansar, dormir e recuperar. Mas, ainda assim, me sinto muito cansada, com muito sono e muitas dores.
Vamos ver como acordo amanhã e como corre a fisioterapia. Depois? Logo se vê. Mas, por hoje, deixo de lutar comigo mesma…