Como ela, são fases. Ontem não foi uma boa fase. Mas são fases.
Já pedi ajuda, estou à espera de resposta que, na verdade, nem sei se vai acontecer hoje ou seja quando for.
Há uma consulta marcada para Julho. Julho…mês 7. Mas, até lá, não sei como vou aguentar sozinha. No fundo, sei que não estou sozinha. Mas, no plano terapêutico, até Julho estou. E, se houver necessidade de alteração química, essa só vai acontecer em Agosto…
É verdade que as coisas até estão a mexer. Devagar. Mas estão. Mas falta-me aquele SOS (quase) imediato do terapeuta fofinho que, neste momento, deixou de ter disponibilidade para mim. Por isso é que digo que estou sozinha. Porque ele ouvia-me, dava-me um mapa onde era eu quem decidia o caminho e encontrava as respostas.
Lembro-me do que ele me disse naquela tarde de Agosto de 2016, na primeira consulta: “tu agora sentes-te sozinha e perdida numa floresta escura, mas quero que saibas que há uma luz que vai estar sempre presente, e essa luz sou eu“…
Todos estes anos depois, voltei a essa floresta. E a tal luz já lá não está…
Mas, tal como a Lua, tudo são fases. Ontem foi muito mau. Hoje está um pouco melhor. Mas, tal como a Lua precisa do Sol para reflectir a luz, eu preciso da minha luz na tal floresta negra em que me encontro…
