Acordar porque sim às 6h da manhã depois de mais uma vez ter adormecido com o telemóvel na mão enquanto escrevia. Não pode continuar a acontecer… Preciso mesmo muito de me auto-disciplinar para voltar a dormir cedo…
Claro que voltei para a cama por volta das 10h já com os telefonemas importantes da manhã feitos. E, quando voltei a acordar, estava muito confusa. Perfeitamente convencida de que seria já umas 8h da noite, tal era a confusão nesta cabeça…
Felizmente não eram 8h da noite, era hora de almoço. Menos mal. Não tinha perdido o dia por completo. Mas, mesmo assim, acho que o meu dia só começou mesmo lá pelas 4h da tarde quando comecei a organizar as coisas para o Yoga às 7h…
Desta vez, para garantir que não perdia o autocarro que chega sempre antes da hora, saí de casa antes da hora prevista. O Yoga é às 19h, eu saí de casa antes das 18h. Para dar tempo para tudo, incluindo chegar à paragem antes do autocarro. E, desta vez, não perdi o autocarro! Mesmo que o autocarro tenha chegado à paragem 5 minutos antes do que está previsto no horário.
Cheguei cedo à Associação onde agora são as aulas, fui com calma, sem pressa, ainda tive tempo para, no bar da Associação, ir beber um café à esplanada, ouvir um pouco de música, estar comigo mesma. E depois então ir para dentro.
Também o professor Pedro chegou mais cedo, ainda tivemos tempo de um pouco de conversa antes de chegar o resto das minhas colegas. E se há pessoa com quem gosto de conversar desde o primeiro dia é com ele. É professor de Yoga? É. Mas também é psicólogo. Tem a cabeça no sítio. Pés na Terra. Tem as suas crenças, os seus hábitos, mas não os impõe a ninguém. E só por isso já vale a pena conversar com ele.
A aula, mais uma vez, foi o que é sempre: muito boa. E que me estava a fazer falta. Não só para alongar o corpo, mas também para sossegar a mente. E, de certa forma, preparar-me para a consulta de amanhã com o psicólogo. Que, de tanta coisa que tenho para trabalhar com ele, nem faço ideia por onde começar…
Logo se vê… A única coisa que sei neste momento é que a noite já começa a roçar a madrugada, o despertador toca às 7h da manhã para fazer tudo o que tenho que fazer antes de apanhar o autocarro às 9 e qualquer coisa que ainda nem vi o horário e, pelo meio, ainda tenho que dormir e descansar. Já sei que vai ser dormir a correr e, quando chegar a casa vai ser almoçar e enroscar no sofá e depois logo se vê.
Não posso dizer que o dia tenha sido longo por ter acordado às 6h da manhã. A verdade é que a única coisa de que me lembro antes de voltar para a cama às 9h é do telefonema que fiz. E, após ter acordado, sei que almocei mas já nem sei o quê…não me lembro mesmo. E até às 16h a memória do meu dia é um vazio pouco agradável…
Sei que os meus dias não podem continuar assim. Mas também sei que não estou em condições de voltar ao trabalho, especialmente enquanto aguardo a medicação que tarda em chegar até mim. Portanto, o que é que eu posso fazer dos meus dias para além de ver o tempo passar? Pois…nada.
Enfim…esse é só mais um assunto que preciso de falar com o psicólogo. Se vou conseguir no meio de tanta coisa? Não faço ideia.
O melhor mesmo é dar o dia por terminado por hoje. Amanhã logo se vê como será. Mas, para já, estou cansada, tenho sono e, ao contrário do que é costume e muito por conta da aula de Yoga, estou relaxada. E hoje não vou adormecer com o telemóvel na mão enquanto escrevo porque tudo o que era para escrever hoje está escrito, publicado e enviado. E amanhã há mais…