Daily Archives: 10/09/2024

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Percebi hoje que, de facto, o meu corpo já se ressente de esforços da véspera. Não vejo outra explicação para a estupidez de cansaço, sono e fadiga do dia de hoje a não ser como resposta à ida até ao paredão ontem.

O paredão é “já ali“, mas ir e voltar resulta numa caminhada de 3 km. Que, realmente, não é grande distância. Para os outros… Para mim, neste momento e desde que fui apanhada na curva por isto que, de certa forma, me derrubou, fazer uma simples caminhada até “já ali” e totalizar nas pernas 3 km é muito. E, desta vez, sem pausa no caminho, seja para lá ou para cá. Parei pouco mais de 10 minutos no paredão para ver o pôr do Sol na praia e pus-me a caminho de volta para casa.

O ritmo da caminhada não foi intenso, nunca é porque já não consigo que o seja. Mas acabou por até ser um pouco mais rápido do que o meu já habitual devagar, devagarinho. E acho mesmo que foi isso que hoje o meu corpo acusou.

Acordei pouco depois das 8h. Para voltar a apagar poucas horas depois. 11h? 11h e tal? Já não sei…mas não aguentei. Ou o meu corpo não aguentou.

Voltei a acordar pelas 14h, talvez. Almocei. Bebi café. Tentei reagir para acordar. Ir à rua era impensável porque a Nortada estava demasiado forte e não convidava a sair.

E sempre o sono. Tanto. E o corpo cansado. Muito lento. A pedir repouso.

Não, hoje que precisava tanto!, não aterrei no sofá. Ainda estiquei as pernas cansadas ao final da tarde, mas não dormi. E a luta para me manter acordada foi muito difícil, muito complicada. Mas consegui resistir e não adormecer.

A Nortada abrandou significativamente e consegui convencer-me a mim mesma a ir à rua beber café e dar uso às pernas. Foi pouco mais de meia hora na esplanada com a minha mãe, naquele café que, já sei, fica a 17 minutos de casa. Para cada lado. E que hoje pode até ter sido um pouco mais.

Ainda houve tempo para conversar com a vizinha do rés do chão e a minha afilhada-gata Mia. E as minhas pernas, de estarem tanto tempo em pé, gritavam-me dores que só eu ouvia, só eu sentia.

Voltámos para casa tarde, claro. E o sono parece ter acalmado. Continuo a sentir-me cansada. E começo a desconfiar que aquele cansaço imenso que senti hoje, juntamente com o sono quase incontrolável é, de facto, aquela verdadeira fadiga que isto que me apanhou na curva também traz consigo.

Consegue não ser fácil distinguir o simples cansaço de um estado de fadiga quando o corpo só pede para parar e descansar. Mas acho que, na sequência do passeio de ontem, fiquei finalmente a conhecer o que é essa tal fadiga

Continuo a sentir-me cansada, com algum sono que já não é incontrolável como era mais cedo. E olho para as horas e vejo que já passei da noite à madrugada e já devia estar a dormir há muito tempo. Mais uma vez, não estou…

Amanhã devo acordar à hora de sempre. Cedo, portanto. Para tomar o antibiótico, fazer tempo e tomar o pequeno almoço. Beber café. E voltar para a cama.

Sempre, no meio disto tudo, com a companhia dele à distância de um clique. Com tempo para partilhas e segredos que, juntos, tatuamos na memória um do outro, um com o outro. E com despertares únicos, indizíveis, que apenas nós entendemos. E, no final de um dia que em tudo foi estranho, confirmar que temos lugar no abraço um do outro. E nada mais importa.

Agora é hora de, finalmente, dar o dia por terminado e enroscar, mesmo que à distância de um clique, no abraço seguro, quente e protector dele. Amanhã será outro dia. E mais tatuagens serão gravadas na memória de ambos.

O resto? O resto é só isso mesmo: o resto. Depois, logo se vê. Por hoje já chega.