Março. Finalmente, Março. Que tardava em chegar.
Março, o mês da renovação. Do rejuvenescimento. Do renascimento. Do recomeço.
Março.
E pergunto-me se será em Março que me reencontro comigo mesma. Que me reconecto comigo mesma. Se me acalmo a mim mesma. Se me tranquilizo a mim mesma.
Será em Março que volto a caminhar de mão dada comigo mesma? Que volto a dar um passo seguro na direcção certa? Que deixo de ter o medo que hoje tive mais do que nos outros muitos dias?
Março. O resto não interessa. É altura de recomeçar. Quase do zero, mas recomeçar. E acreditar que vou deixar de sentir o medo que todos os dias me consome mais um bocadinho…
Março.
E, acredito, está na hora de me sentar comigo mesma e organizar esta confusão que vai na minha cabeça. Só depois ser-me-á possível avançar de cabeça erguida. Um dia de cada vez. Sem pressa e sem pressão. Mas avançar.
E nunca desistir de mim mesma.
Março.
