O dia de hoje foi…estranho. Fisioterapia de manhã, turismo no supermercado novamente quando só ia buscar uma única coisa, almoçar tarde, não dar pelo tempo passar e já são horas de ir dormir.
Dia Mundial das Doenças Raras. E eu, Doente Rara, ainda sem encaixar o diagnóstico e todos os dias a ter que, à força ou não, nem sei!, lidar com tudo o que já me trouxe…
E, ao chegar a casa, percebo que me fecho sobre mim mesma quando tenho mensagens e comentários para responder e não sei (mesmo) o que lhes dizer. Sei que é tempo de cada um que me deixou algumas palavras, e o tempo não é reembolsável e por isso, mesmo sem ter ainda respondido a cada um directamente, agradeço desde já por esse pedaço de tempo que me deixaram.
E continuo com grande dificuldade em conseguir gerir o meu tempo, aquele que eu não dou por passar, mas que vejo a sua passagem todos os dias no Nada que são as minhas tardes, só para chegar à noite e dizer que não fiz nada porque não tive tempo.
Faz sentido? Claro que não. Mas, para mim, cada vez faz mais sentido. Porque eu não consigo organizar a minha cabeça para conseguir organizar o meu tempo…e sozinha já sei que não o vou conseguir fazer.
Mas depois há flores brancas, em vasos pequeninos no supermercado e eu não resisto a flores brancas. E com as flores brancas tento recordar a mim mesma que o dia já terminou e está na hora de ir descansar para amanhã, de manhã cedo, ir bem para o Yoga.
E não se esqueçam: até à meia noite é Dia Mundial das Doenças Raras. Que são “Muito mais do que pode imaginar”.
Boa noite e até amanhã. Não é tarde para vocês, para mim já é tardíssimo. Cruzamo-nos por aí amanhã.
