Disto de passar umas quantas horas no Hospital de Dia de Neurologia:
na mochila, levei comigo 2 livros que, sendo de aforismos, queria começar a ler, interiorizar e aplicar nos meus dias em breve; 2 cadernos, um para apontamentos do que preciso de fazer, dos emails que preciso de enviar, a lista de queixas, dores, sinais e sintomas que quero levar à médica de família, e outro, obviamente cor de rosa, que quero dedicar exclusivamente à carta, ou às cartas!, que lhe quero escrever e que já queria ter começado há tanto tempo; um powerbank carregado a 100%; um polvinho azul de tecido que já me acompanhou na primeira toma da medicação há 6 meses, que me aconchega e com quem aninho e enrosco no cadeirão do bunker do Hospital de Dia onde ninguém me pode ir acompanhar e que, na falta do meu polvinho giro-giraço-girassol de carne osso, me faz sentir mais segura; um Tupperware com uma Brownie fabulosa do café com a esplanada das mesas infinitas; garrafa de água.
Estava preparada, como há 6 meses, para as várias horas que iria passar ali com a medicação a ser-me servida directamente numa veia bailarina que se fez difícil de apanhar e se escondeu nas profundezas do meu braço esquerdo.
De tudo isto que levei comigo na mochila, só usei, na verdade, 2 coisas: o polvinho azul de tecido que tirei da mochila assim que me aconcheguei no cadeirão e o powerbank que tirei da mochila segundos antes de adormecer sem ter tido tempo de o ligar ao telemóvel. Claro que o telemóvel ficou sem bateria até que acordei algum tempo depois e, aí sim, consegui pô-lo a carregar. Mas ligar efectivamente o telemóvel só o fiz mais tarde, porque assim que o liguei ao powerbank voltei a adormecer…
Não sei ao certo quanto tempo dormi. Sei, sim, que acordei apenas poucos minutos antes da enfermeira me dizer “pronto, já está. Por hoje já acabou.” Foi rápido. Não em número de horas, que foram muito perto de 6. Mas, a dormir profundamente como eu dormi, tudo passa muito rápido.
Até ver, nada de efeitos secundários depois de 600ml de químicos entrarem no meu corpo. Pode ser que o único efeito secundário seja o mesmo de há 6 meses: dormir o dia seguinte todo. Se for isso, não me chateia.

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