Dor de cabeça. Frio. Calor. Calor. Calor. Calor. Lenços de papel, muitos. Riscos e rabiscos. Nariz entupido ou a correr.
A mil. Eu. Outra vez. Novamente lá em cima. Muito lá em cima. Prefiro a média altura.
Falta-me o chão, mas não estou sem chão. Falta-me aquela porta que não está aberta nem está fechada. Por onde não passa nada e onde em tempos passou tanto. “Vivendo e aprendendo”, dizem-me. Hoje sou eu quem já não quer uma porta. Hoje sou eu quem prefere uma parede. Não para o conforto do confronto ou o confronto do conforto da parede. Não foi assim há tanto tempo que o quis, que o procurei. Mas hoje prefiro uma parede porque dá mais feedback que uma porta que não está aberta nem está fechada. Uma parede permite a existência do eco. Sempre melhor que o silêncio. Porque o eco é presença. Porque o silêncio é ausência.
Dor de cabeça. Frio. Calor. Lenços de papel. A vertigem de lá em cima. A mil. Eu.
Assim.