O pavilhão 20 do Hospital cor de rosa vai deixar de me receber. Não por ter tido alta mas porque, dizem, está pensado para deixar de servir o seu propósito. Vou sentir falta daquele jardim. Que conheço há tanto tempo e que, talvez por isso, me faz sentir em casa.
Mas nem por isso vou deixar de tratar de mim. Vai demorar até ter um novo acompanhamento, mas vai acontecer. Até lá, vou dando um passo de cada vez, mantendo sempre que é sem pressa e sem pressão.
Um dia de cada vez. Sem pressa. E sem pressão. Um passo atrás do outro, sempre firme e sem me esquecer de mim. Porque eu sou o mais importante. Agora e sempre, primeiro estou eu. O resto? Logo se vê. Até porque o resto é só isso mesmo: o resto.