Aquele momento em que a pressão da semana te começa a cair em cima…
A dor de cabeça intensa e persistente. A vontade de chorar e não conseguir.
O querer (e precisar de) conversar com alguém que me oiça. Não por escrito. Também é válido, mas preciso de mais do que isso…
Ainda o stress de Domingo com o meu irmão. Que esteve morto durante um minuto. É verdade que não nos damos. Nem bem nem mal, simplesmente não nos damos apesar de haver contacto e proximidade. Mas, de repente, depois de confirmado na Nota de Alta, esteve morto por um minuto. E um minuto é muito tempo para uma paragem cardíaca…
A pressão de tudo isto em cima da minha mãe. E eu a assistir sem poder fazer nada.
E as dores sempre presentes. Dores de pernas que me impedem de ir até ao paredão ver o Mar porque, no meu estado actual, não me posso esquecer que, se vou, tenho que voltar. E não consigo. E hoje, novamente e como há muito tempo não tinha, “aquela” dor de cabeça. Que não se aguenta. Que não passa. E que não me deixa saborear as tatuagens na memória desta manhã. Que, essa sim, foi uma manhã de partilha, descoberta e revelação de um jeito que fica marcado para sempre. Como se fosse na pele.
Sim, a pressão da semana está a cair-me em cima. E eu estou com grande dificuldade em processar tudo.
É nestas alturas que sinto falta do terapeuta fofinho. Que já não me segue. Ou que, pelo menos, deixou de ter disponibilidade para me acompanhar. Mas que, sei, está à distância de um telefonema em caso de crise mesmo sabendo que, do lado dele, a disponibilidade já não é imediata.
Sim, a pressão da semana está a cair-me em cima. E eu não estou a conseguir processar tudo… E só preciso de um colo, um abraço e um ombro para me orientar.