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Dia de consulta para controlo dos resultados das análises da função hepática devido à terapêutica preventiva da tuberculose latente que irá durar 6 ou 9 meses, dependendo de quando será iniciada a medicação biológica. Dois meses e uns pozinhos já passaram, e passaram a correr. E, felizmente, os valores das análises têm sido bons. Não houve reacção ao início da toma do antibiótico, o que é muito bom. E o facto da função hepática se manter bem é outro bom sinal.

Manhã passada nisto, com consulta marcada para as 9h30 já saí de lá depois da hora de terminar a fisioterapia. Ou seja, hoje não consegui ir. Nem ligar para lá a avisar. Amanhã volto à rotina e, depois, logo se vê. Mas é menos um dia de tratamento. Que, na minha opinião, deveria ser mais intenso. E, até, mais intensivo. Já é muito bom ser diário, não chegando a duas horas, sendo que meia hora é para massagem, outra meia hora para fortalecer os músculos das pernas e o que sobra para trabalhar a marcha e o equilíbrio, para mim não é suficiente. E, comparando com o tratamento que tive no Hospital, que não era intensivo mas era intenso, não sinto diferenças nem melhorias…

Mas depois, como hoje, tenho o Yoga que me ajuda com a questão do equilíbrio. No entanto, nem sempre corre bem. E hoje foi um desses dias em que, por muito que tentasse, a maior parte da aula foi zangada comigo mesma por não conseguir fazer os asanas propostos. As dores na perna esquerda, que há tantos dias me têm incomodado, hoje acompanhadas de dores no joelho esquerdo e no pé esquerdo…não deu. E eu, claro, frustrada e zangada comigo. Mas a ouvir o meu corpo e a obedecer-lhe. E seja no Yoga ou fora dele é isso que tenho que continuar a fazer: ouvir o meu corpo e obedecer-lhe. Se agora não consigo fazer alguma coisa, tento novamente mais tarde. Até voltar a conseguir.

Felizmente, no meio de tudo isto que me apanhou na curva, posso dizer que sou uma miúda de sorte. Pelas pessoas que me rodeiam. E hoje foram os colegas do Yoga que me surpreenderam pela positiva. As aulas mudaram para um novo espaço, mais longe. Ir até lá não é problema, o autocarro leva-me. Mas, para regressar, os horários dos autocarros são incompatíveis com o horário a que terminam as aulas. Mas bastou-me comentar isso no grupo de Whatsapp para, de imediato, ter boleia, ter quem se organizasse, ter o professor Pedro a dizer que se vão revezando e não ter que me preocupar demasiado com o regresso. Tinha pedido boleia até à entrada na via rápida e o resto do caminho já poderia fazer até casa por ser perto. Mas, o que aconteceu, foi ter boleia até casa para não ter que fazer o resto a pé. E, claro, esse pormenor fez diferença e soube muito bem.

E depois tenho também o professor Pedro que me dá exercícios para fazer em casa que já sei que me ajudam e diz-me para não me preocupar com o facto de conseguir ou não fazer tudo. Desde o primeiro dia, e já lá vai mais de um ano, que está a par do que se passa comigo e da minha evolução (ou, por outras palavras, progressão. Da doença…) e não desiste de me ajudar quando preciso de ajuda no equilíbrio ou de ajustar algum asana para que eu consiga fazê-lo.

Enfim…apesar de tudo sou uma miúda de sorte, mesmo no meio do caos. E isso, claro, sabe bem. Muito bem. E ajuda a suportar melhor toda a frustração que todos os dias me invade.

O dia hoje começou muito cedo. Foi uma manhã cansativa. Consegui apagar no sofá antes de serem horas de sair de casa para o Yoga. Mas já é tarde. Muito tarde. Mais uma vez, a noite começa a roçar a madrugada. E eu estou cansada. Muito cansada. Amanhã é dia de acordar cedo novamente. Por isso vai ser, mais uma vez, uma noite de dormir a correr.

Amanhã, sexta feira, vai ser um bom dia. Só porque sim e porque eu quero. Já sei que vou voltar para casa cansada e, depois do almoço, vou aterrar no sofá e vou apagar rapidamente. Mas nem quero saber. Logo a seguir é fim de semana e logo se vê como será.

Mas, amanhã, vai ser um dia bom. Porque eu quero que assim seja.

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