A miúda dos olhinhos de sono e que está farta do look t-shirt + calções desportivos para a fisioterapia foi beber um café ao final da tarde e decidiu abdicar desse look batido! A opção? Uma blusa catita e uma saia de ganga com pregas. Como as pessoas crescidas, portanto!
Um café com um amigo que é P de Presença é sempre um bom café. E é também com ele que, de vez em quando, tiro algumas dúvidas. Principalmente sobre trabalho. Mesmo quando eu continuo de baixa e nem trabalhamos na mesma área.
No caminho de regresso, e já não me lembro a que propósito, disse-lhe: estou chateada, zangada, frustrada, revoltada e continuo a fazer de conta. A fazer de conta que está tudo bem, quando não está. E à conta disso ainda irei ganhar o Oscar de melhor Faz de Conta.
Já em casa, a fragilidade e vulnerabilidade que o cansaço carrega vieram ao de cima. E, com elas, a armadura quebrou, deixando entrar os medos que alimentam a insegurança. E, com a insegurança ao rubro, descarreguei em quem não devia: em quem está a 135km daqui, ele. E o tanto que eu o queria (e quero!) aqui. Agora. Não para desfazer a minha insegurança que amanhã já estará mais segura depois de me permitir descansar. Mas para ser acolhida num abraço quentinho e protector para ter a noite de descanso que preciso tanto…
Dia tão estranho, este… E a certeza de que é obrigatório descansar rapidamente porque já estive mais longe do ponto de rotura. Um dia destes volto a abdicar da t-shirt e volto a apostar no look de pessoa crescida. Mas há “coisas” das quais não abro mão: um amigo que é P de Presença e ele que é aquela metade de mim que eu não sabia que me faltava.
