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Sábado, aquele dia que começa cedo para (mais) uma (fantástica) aula de Yoga. Já o disse antes, mas vou repetir as vezes que me apetecer: já não passo sem elas! E se houvesse aulas todos os dias, lá estaria. Em não havendo aulas todos os dias, há imensas apps e sites e whatever com aulas completas que posso fazer em casa. Mas a verdade é que me sinto mais segura ao ter a orientação do Professor Pedro. Que já me deu coisas para fazer em casa, é verdade, e que eu raramente faço por achar sempre que quero mais e que aquilo é pouco. Não é. É o que estou a precisar neste momento. Por isso, não tenho desculpa para não fazer o que ele recomendou. Mas, tirando isso, a verdade é que o Yoga já faz parte de mim. E eu já não passo sem ela.

O que eu passava bem sem: esta sensação insuportável de calor que me faz sentir a destilar. E que vem do nada e fica horas a incomodar-me como se, na rua, estivesse um calorão. Não está. Mas bastou vestir uma sweatshirt quando fui à rua beber café para o meu corpo aquecer, aumentar a temperatura e destilar. E não!, não são afrontamentos da menopausa. Ainda não cheguei lá embora saiba que já não falta muito, mas as análises dizem que não é para já. Por isso, este calorão que me atormenta, me faz destilar e que eu simplesmente não aguento não tem nada a ver com isso. Está, de certeza, dentro da imensa lista de sintomas disto que me apanhou na curva. Felizmente já falta pouco tempo para a consulta com o especialista. E, para iniciar o tratamento, já só faltam 9 dias. E 9 dias passam a correr. Mas correm como eu agora caminho: devagar, devagarinho…

Acordar cedo este Sábado não foi fácil depois de uma longa noite de partilha com ele. Mas, e especialmente por ter dormido pouco e tarde pelas horas de partilha com ele ontem, não foi difícil acordar cedo. Faz sentido? Já nem sei. O que sei é que ele me faz cada vez mais sentido. E, já lhe disse, por mim ficávamos horas, a noite inteira!, a conversar. Mas ontem foi através de áudios enviados por mim para ele, onde pude ser tudo aquilo que sou, sem vergonha, sem timidez que bloqueia alguns assuntos, sempre à vontade para ser EU por inteiro. Ri. Falei sério. Assuntos parvos. Assuntos sérios. Sobre nós e o que temos desde o primeiro dia. O momento que é só nosso. Que ninguém nos pode tirar…

Ontem foi possível acompanhá-lo até tão tarde e com tantos áudios (50…!) por ele estar de serviço nocturno. Hoje também estará, mas sei que não descansou tudo o que precisava durante o dia, dormiu pouco ou nada, vai estar de serviço muito cansado. E, só por isso, não o vou inundar com 50 áudios novamente. Talvez um ou dois só para desejar uma boa noite e deixar que a minha voz lhe faça companhia durante a noite. Mas, aqueles 50 áudios que enviei ontem, eram necessários. Foram o nosso momento. Porque, apesar de estarmos à distância de um clique, a minha voz viajou daqui para e ele, ao ouvir a minha voz, absorveu uma parte de mim. De forma eterea, é verdade, mas sou eu naquela voz, naquelas mensagens, mais patetas ou mais sérias. Aquela voz que viajou daqui para sou eu. Por inteiro em cada palavra dita.

Não tem que fazer sentido para mais ninguém. Só para nós. E para nós faz todo o sentido.

Esta noite não serão 50 áudios, nem nada que se pareça. Mas, com áudios ou sem áudios, estar à distância de um clique é como eu estar , é como ele estar cá. E não tem que fazer sentido para mais ninguém. Só para nós. E para nós faz. Cada vez mais.

Agora, é tentar que o meu corpo arrefeça mais um bocadinho, que se tente auto-regular e me livre deste calor que não aguento e, depois, dar o dia por terminado. Amanhã? Logo se vê. É Domingo. Não prevejo que se vá passar grande coisa, por isso o sofá e o cadeirão serão os meus companheiros para ver o tempo passar. Mas agora é mesmo preciso é descansar. Rapidamente. E, esta noite, sem horário para acordar. Por isso, boa noite a quem diz boa noite. Boa noite também a quem não diz. Até amanhã.

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