Kit de sobrevivência para amanhã pronto, organizado e arrumado na mochila. Só falta a garrafa de água que é sempre a última coisa a pôr na mochila.
A saber, temos:
- – “O Principezinho” que li a primeira vez algures na infância e que desde 1997 que andava para comprar um para mim, porque o que li é do meu irmão e eu “tinha” que ter uma cópia só minha;
- – dois cadernos. Aquele que serve para tudo, onde já apontei respostas da Segurança Social, números de telefone e também escrevi uma carta em Novembro do ano passado. O outro, que comprei pela capa, que prometi a mim mesma que seria para apontar sintomas e questões a colocar ao médico especialista. Tudo isso está ainda na minha cabeça, o caderno mantém-se em branco…;
- – powerbank carregado, just in case de conseguir rede no telemóvel e por isso dê uso à bateria;
- – uma caixa de chocolate…”You never know what you gonna get“;
- – phones para ouvir música com um protector do cabo em forma de polvinho…se conseguir rede;
- – uma tira da Equivalenza porque o aroma 211 faz diminuir a distância de 135km;
- – um polvo de tecido para um bocadinho de conforto. E porque ele me disse “leva-me contigo amanhã”. E claro que levo! Todos os dias o levo comigo para todo o lado. Mas amanhã levo o polvo para me dar o conforto que 135 km de distância não dão, muito menos se não conseguir rede de telefone ou Internet.
- O despertador toca às 6h. Mas tenho medo de, como sempre, não o ouvir. Por isso, se desse lado alguém acordar (ou ainda estou acordado…) e quiser dar o toque de alvorada, sinta-se à vontade de ligar. Instagram e/ou Messenger nem precisam de ter o meu número de telemóvel, basta fazer a ligação por aí.
Se já devia estar a dormir? Há muito tempo. Interruptor para desligar a ansiedade? Não temos. - Nervosa. Ansiosa. Assustada. Preocupada. Confusa. E sim!, admito, muito assustada. Com muito medo.
Mas VAI correr tudo bem. Nem pode ser de outra forma…